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quinta-feira, janeiro 16, 2025

General envolvido em plano contra Lula, Alckmin e Moraes teve encontros com Bolsonaro, aponta PF

General Mario Fernandes e conexões com o ex-presidente

General em plano contra Lula teve encontros com Bolsonaro: A Polícia Federal (PF) revelou que o general da reserva Mario Fernandes, preso durante a Operação Contragolpe, esteve presente em pelo menos duas ocasiões com o ex-presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2022. Mario Fernandes é acusado de planejar um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Os registros da investigação apontam que, em 6 de dezembro, o general imprimiu no Palácio do Planalto o documento intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, contendo detalhes do plano de execução das autoridades. Na mesma data, os telefones de outros investigados, como Rafael Martins de Oliveira e Mauro Cid, estavam conectados a torres de sinal que cobrem o Palácio do Planalto.

Visita ao Palácio da Alvorada

Dois dias após o primeiro encontro, em 8 de dezembro, Fernandes visitou o Palácio da Alvorada, onde permaneceu por 40 minutos. A Polícia Federal acredita que, durante essa visita, o general conversou pessoalmente com Bolsonaro. Relatórios apontam que o general expressou preocupações com os movimentos antidemocráticos nas ruas e alertou sobre a possibilidade de perder o controle sobre os manifestantes.

Em mensagens enviadas ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Fernandes relatou os pontos discutidos com Bolsonaro. Ele destacou que o ex-presidente mencionou que “qualquer ação” poderia ocorrer até o final de dezembro, mas Mauro Cid argumentou que o golpe precisaria acontecer antes da diplomação de Lula, prevista para 12 de dezembro.

Diálogos detalhados pela investigação

A PF divulgou mensagens trocadas entre Fernandes e Cid que reforçam o planejamento. Nas conversas, o general pressionava por ações rápidas, mencionando preocupações com a mudança de comando nas Forças Armadas e o enfraquecimento das manifestações. Fernandes também pediu apoio do exército para proteger caminhoneiros em frente a quartéis, evitando apreensões.

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Cid respondeu que alertaria Bolsonaro sobre as questões, mas destacou que o ex-presidente costumava adiar decisões críticas até o último momento.

Operação Contragolpe e implicações

A Operação Contragolpe resultou na prisão de Fernandes e outros suspeitos. As evidências coletadas pela PF demonstram conexões diretas entre o general e figuras de confiança de Bolsonaro, como Mauro Cid. O relatório reforça que a proximidade entre os envolvidos e o ex-presidente era um elemento-chave no planejamento.

A investigação continua, e os desdobramentos podem influenciar processos legais contra os envolvidos, destacando a gravidade das acusações.

Veja Também: Supremo Tribunal Federal Investiga Suspeita de Venda de Sentenças Envolvendo Nunes Marques e Supremo Tribunal de Justiça

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