Ex-vice de Bolsonaro e ex-ministro da Defesa é apontado como peça-chave em plano golpista.
General Braga Netto é Preso: A Polícia Federal (PF) prendeu, neste sábado (14), o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. Ele é acusado de envolvimento na tentativa de golpe de Estado que veio à tona com os ataques de 8 de janeiro em Brasília. A prisão aconteceu em Copacabana, no Rio de Janeiro, e ele será mantido sob custódia do Exército no Comando Militar do Leste.
Envolvimento direto e liderança estratégica
De acordo com as investigações da PF, Braga Netto teve papel central na articulação do golpe, sendo descrito como “mentor intelectual” das operações, sob coordenação de Jair Bolsonaro. Documentos e delações premiadas apontam que o general participou da coordenação de ações clandestinas e financiamento de operações golpistas, incluindo a entrega de dinheiro em uma sacola de vinho.
A PF também revelou que, em novembro de 2022, Braga Netto teria promovido reuniões para discutir estratégias ilegais com militares de elite e civis. Uma dessas reuniões ocorreu em sua própria residência, com o objetivo de definir ações para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e sabotar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Motivos para a prisão preventiva
O pedido de prisão preventiva baseou-se no risco de Braga Netto voltar a cometer crimes. Entre as acusações estão tentativas de obter dados sigilosos, alinhamento de versões entre investigados e ações voltadas para controlar informações fornecidas por colaboradores.
Defesa do investigado e repercussões
A defesa de Braga Netto ainda não se manifestou após a prisão, mas, anteriormente, o general negou qualquer intenção de golpe. A detenção representa um avanço significativo nas investigações que envolvem diversas figuras-chave do governo Bolsonaro.
Operação e desdobramentos
A prisão faz parte de uma operação maior que visa esclarecer a tentativa de golpe e responsabilizar os envolvidos. A PF acredita que as evidências reunidas até o momento fortalecem a tese de que Braga Netto foi o principal articulador do plano golpista.
Veja também: Indicados por Bolsonaro ao STF divergem em julgamento contra Alexandre de Moraes