Impacto das queimadas na Amazônia e interior paulista
Fumaça de queimadas atinge São Paulo; A Grande São Paulo amanheceu sob um céu cinza nesta sexta-feira (23), resultado da fumaça proveniente de queimadas ocorrendo tanto no interior do estado quanto na Amazônia. Este fenômeno tem impactado significativamente a qualidade do ar, com dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) indicando que todas as estações de monitoramento na região registram níveis de ar variando entre ruim e moderado.
Correntes de vento trazem fumaça para a capital
O meteorologista César Soares, do Climatempo, explicou que correntes de vento conhecidas como jatos de baixos níveis, que ocorrem a cerca de 2 km de altura, têm transportado a fumaça desde a Amazônia até o interior e a capital paulista. “Essas correntes estão soprando desde a Amazônia até o interior do estado de São Paulo e chegando aqui à região metropolitana”, destacou Soares.
Queimadas recordes e transtornos no interior de São Paulo
O estado de São Paulo tem registrado o maior número de queimadas dos últimos 14 anos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente em 2024, cidades como Jaú, Itapeva e Campinas lideram o ranking de queimadas, com áreas significativas de Mata Atlântica sendo afetadas.
Além do impacto ambiental, os incêndios têm causado sérios transtornos. Um engavetamento envolvendo sete veículos ocorreu na Rodovia Armando de Sales Oliveira (SP-322), em Pitangueiras, devido à baixa visibilidade causada pela fumaça. Na região metropolitana de São José do Rio Preto, dois funcionários de uma usina perderam a vida enquanto tentavam combater um incêndio em Urupês.
Consequências na capital e região metropolitana
A fumaça densa tem prejudicado a visibilidade e a qualidade do ar na capital paulista e cidades vizinhas. Na Zona Leste de São Paulo, a visibilidade foi drasticamente reduzida, como evidenciado em fotos da região central tiradas na tarde desta sexta-feira.
A situação alarmante sublinha a gravidade das queimadas em curso e a necessidade de medidas urgentes para mitigar os danos ambientais e os impactos na saúde pública.
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