Descontos irregulares atingiram milhares de beneficiários; CGU estima prejuízo de R$ 6,3 bilhões e promete ressarcimento integral
Fraude INSS: repasses suspensos: O governo federal anunciou, nesta semana, a suspensão imediata dos repasses realizados a entidades, sindicatos e associações que atuavam diretamente sobre a folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. A medida foi tomada após a deflagração da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que revelou um esquema de fraudes bilionárias em descontos indevidos nos benefícios previdenciários.
O prejuízo estimado ultrapassa R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, com indícios de participação de servidores e entidades privadas. O governo promete ressarcimento integral aos beneficiários lesados, e uma força-tarefa foi criada para identificar todos os atingidos.
Como funcionava o esquema de fraude no INSS
Associações agiam com autorizações duvidosas
Segundo a investigação, associações obtinham autorizações irregulares — muitas vezes sem ciência dos aposentados — para realizar descontos mensais nos benefícios, sob pretextos como “serviços assistenciais” ou “apoio jurídico”. As cobranças eram processadas diretamente pela Dataprev, empresa responsável pela folha de pagamentos do INSS.
Em alguns casos, o valor descontado ultrapassava R$ 50 por mês por beneficiário, somando montantes milionários repassados às entidades.
Governo promete devolução integral dos valores
O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, afirmou que todos os recursos que seriam repassados às entidades a partir de maio foram bloqueados e serão devolvidos aos beneficiários.
“Vamos garantir o ressarcimento integral de todos os descontos irregulares. Nenhum aposentado ou pensionista ficará no prejuízo”, declarou o ministro em entrevista coletiva.
Segundo Débora Floriano, diretora do INSS, os aposentados não precisam comparecer às agências ou realizar solicitações: o processo de devolução será automático e processado diretamente pelo órgão.
Presidente do INSS é demitido e investigação continua
A repercussão do escândalo levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento de outros servidores envolvidos. A CGU e a PF continuam apurando o envolvimento de empresas e agentes públicos.
O Ministério da Previdência Social informou que novos contratos e convênios com entidades serão revisados e que um novo protocolo de autorização de descontos será implantado, com exigência de validação digital e biométrica do beneficiário.
Reações nas redes sociais e pressão por punições
A hashtag #FraudeNoINSS se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes nesta semana. Usuários relatam experiências semelhantes e cobram responsabilização dos envolvidos. Especula-se que o esquema envolva dezenas de associações fantasmas e que o rombo pode ser ainda maior do que o estimado inicialmente.
O que muda para os aposentados a partir de agora
Com a suspensão dos descontos:
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Nenhuma associação ou entidade poderá descontar valores automaticamente da aposentadoria;
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Os valores já retidos irregularmente serão devolvidos nos próximos meses;
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O governo federal promete novas regras para proteção dos segurados, evitando abusos futuros.
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