Sinetram oficializa mudança histórica no transporte
Sinetram proíbe dinheiro em ônibus e terminais: O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) confirmou que, a partir do dia 23 de junho de 2025, será proibido o pagamento em dinheiro dentro de 14 linhas de ônibus e em todos os terminais de integração de Manaus. A decisão foi divulgada em nota oficial e ratificada por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), segundo o próprio Sinetram.
Por que acabar com o dinheiro?
De acordo com o Sinetram, o objetivo principal é reduzir o índice de assaltos dentro dos coletivos e terminais, já que a circulação de valores em espécie favorece ações criminosas. Além disso, a medida faz parte de uma estratégia para modernizar o sistema de bilhetagem e agilizar o embarque, seguindo tendências já adotadas em outras capitais brasileiras.
Linhas afetadas e alternativas para os passageiros
A mudança alcança inicialmente 14 linhas de ônibus, escolhidas por apresentarem menor volume de pagamento em dinheiro, segundo estudo técnico do Sinetram. São elas: 616, 125, 672, 300, 019, 690, 605, 623, 042, 209, 102, 625, 708 e A407.
Nos terminais e nas estações de transferência, o acesso será permitido somente com o Cartão PassaFácil, cartões bancários por aproximação (EMV) ou QR Code gerado pelo app “Cadê Meu Ônibus Recarga”.
Para quem ainda não possui o PassaFácil, o Sinetram garantiu que a primeira via será gratuita, e ampliou os pontos de emissão: sede administrativa, postos nos terminais T1 a T7 e Shopping Phelippe Daou.
Histórico de violência motivou decisão
Dados de ocorrências divulgados pelo sindicato apontam que somente no primeiro semestre de 2024 foram mais de 420 assaltos registrados em ônibus em Manaus. Com o novo modelo, o Sinetram prevê queda drástica nesses índices, seguindo o exemplo de outras cidades onde o pagamento digital praticamente eliminou a motivação para crimes dentro dos coletivos.
O presidente do Sinetram, Augusto César Ribeiro, declarou em coletiva: “Estamos fazendo uma transição histórica que vai proteger usuários e operadores. Queremos um transporte mais ágil, seguro e conectado à tecnologia.”
Especulações sobre impactos e dificuldades
Nas redes sociais, o assunto dominou grupos de mobilidade e fóruns locais. Enquanto parte da população comemora o aumento da segurança, muitos temem filas e dificuldades de adaptação, principalmente usuários idosos ou quem não usa smartphone.
Comentários mais críticos questionam se os postos de recarga e emissão de cartões serão suficientes para atender a demanda nas semanas iniciais. Alguns internautas também especulam que a medida pode abrir espaço para fraudes e revenda de créditos, algo que o Sinetram afirma estar monitorando com sistemas antifraude.
Próximos passos: o que esperar?
A decisão de eliminar o uso de dinheiro pode se expandir para todas as 200 linhas do transporte coletivo de Manaus nos próximos meses, dependendo da aceitação da população. Para isso, o sindicato reforça que campanhas de conscientização e atendimento presencial estarão ativos durante o período de transição.
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