Estudante de Educação Física se passava por cardiopediatra em hospitais públicos e privados
Falsa médica presa por enganar hospitais em Manaus: Uma mulher identificada como Sophia Livas de Morais Almeida, estudante de Educação Física, foi presa nesta segunda-feira (19) durante a Operação Azoth, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas. Ela é suspeita de exercer ilegalmente a medicina, atendendo crianças com doenças cardíacas em hospitais públicos e privados da capital.
Atendimentos a pacientes vulneráveis
De acordo com as investigações, Sophia atuava como falsa médica há pelo menos dois anos, realizando atendimentos a pacientes vulneráveis, incluindo crianças com doenças cardíacas, gestantes de alto risco e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela também fornecia atestados falsificados a trabalhadores, o que resultou na demissão de alguns beneficiários após a fraude ser identificada pelas empresas.
Prisão e desmentido de parentesco com prefeito
A prisão ocorreu em uma academia localizada na zona centro-sul de Manaus. Nas redes sociais, Sophia se apresentava como pesquisadora, mestre e doutoranda em medicina, além de alegar ser sobrinha do prefeito de Manaus, David Almeida. A Prefeitura de Manaus emitiu nota oficial esclarecendo que o prefeito não possui qualquer grau de parentesco com a investigada e que uma fotografia publicada por Sophia nas redes sociais, na qual ela aparece criança sendo carregada por um homem, não é do prefeito David Almeida.
Riscos à saúde pública
Durante a apuração, surgiram casos que indicam risco direto à saúde dos pacientes. Em pelo menos duas situações, crianças com TEA teriam recebido prescrição de medicamentos de tarja preta. As vítimas, ao acreditarem estar em tratamento com uma profissional habilitada, foram expostas a riscos clínicos e sociais significativos.
Investigação em andamento
A Polícia Civil orienta que pessoas que tenham sido atendidas por Sophia procurem a Delegacia Especializada em Combate a Crimes Contra o Consumidor (Decon) para prestar depoimento. Sophia responderá por exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, uso de documento falso e, conforme evolução da investigação, lesão corporal culposa.
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