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quinta-feira, abril 10, 2025

Dono da Dolly, Laerte Codonho, é Condenado por Crime Ambiental e Corrupção Ativa

Condenação por crimes ambientais e corrupção

Dono da Dolly condenado por crime ambiental e corrupção: O empresário Laerte Codonho, fundador da fabricante de refrigerantes Dolly, foi condenado pela Justiça de São Paulo a 11 anos e 4 meses de reclusão e mais 4 anos e 10 meses de detenção, totalizando 16 anos e 2 meses de pena. O julgamento, realizado em 13 de março de 2025, considerou Codonho culpado por crimes ambientais, corrupção ativa, falsificação de documentos e falsidade ideológica.

Segundo as investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o empresário foi responsável pelo desmatamento ilegal de cinco hectares de Mata Atlântica em uma área de preservação permanente na cidade de São Lourenço da Serra, localizada na Grande São Paulo. Além disso, foi acusado de oferecer propina a servidores públicos para evitar sanções e processos administrativos relacionados às infrações ambientais.

Desmatamento ilegal e impacto ambiental

O caso remonta ao período entre 2014 e 2016, quando Laerte Codonho, por meio da empresa StockBank, adquiriu um terreno em São Lourenço da Serra. De acordo com a acusação, houve destruição de vegetação nativa sem licenciamento ambiental, resultando em graves danos ao ecossistema local.

O MP-SP destacou que a área desmatada fazia parte de um corredor ecológico essencial para a preservação da fauna e flora da região. As atividades ilegais comprometeram a biodiversidade e o equilíbrio ambiental, além de descumprirem normas federais de proteção ambiental.

Corrupção e tentativas de suborno

Além do crime ambiental, Codonho foi condenado por corrupção ativa, sendo acusado de tentar subornar servidores públicos para evitar punições. As investigações apontam que o empresário ofereceu vantagens financeiras a policiais civis e a um diretor de obras do município para evitar fiscalizações e sanções relacionadas ao desmatamento.

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A denúncia detalha que houve falsificação de documentos para tentar legalizar a destruição da área preservada. Laerte Codonho teria apresentado laudos ambientais fraudulentos com o objetivo de evitar multas e a paralisação das obras.

Defesa nega acusações e promete recorrer

A defesa do empresário nega todas as acusações e afirma que ele é vítima de perseguição judicial. Em nota, os advogados de Codonho alegam que a aquisição do terreno e as obras realizadas estavam dentro da legalidade, contando com autorizações do Ministério Público e da Justiça.

“Nosso cliente jamais ordenou qualquer desmatamento ilegal e não há provas concretas de sua participação nos supostos subornos. Vamos recorrer da decisão”, declarou a defesa.

Ainda não há previsão de cumprimento imediato da pena, uma vez que Codonho pode apresentar recursos para tentar reverter a condenação.

Repercussão e impacto na empresa

A condenação de Laerte Codonho levanta dúvidas sobre o futuro da Dolly Refrigerantes, uma das principais marcas de refrigerantes do Brasil. Embora a empresa não esteja diretamente envolvida nos crimes investigados, a imagem da marca pode ser afetada pelo escândalo.

O caso também reacende debates sobre a fiscalização ambiental no Brasil, com ambientalistas pedindo punições mais rigorosas para crimes contra o meio ambiente. Organizações de defesa ambiental destacam que a destruição de áreas protegidas continua sendo um problema recorrente, e pedem ações mais eficazes para coibir esse tipo de crime.

Veja também: Incêndio em boate Pulse na Macedônia do Norte deixa 59 mortos e mais de 100 feridos

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