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quinta-feira, janeiro 16, 2025

Dólar bate recorde histórico e fecha a R$ 6,092, apesar de intervenção do BC

Moeda americana atinge maior valor da história

Dólar bate recorde no Brasil: Nesta segunda-feira (16), o dólar subiu 1,04% e foi negociado a R$ 6,092 na venda, atingindo o maior valor nominal de fechamento já registrado. Apesar da intervenção do Banco Central (BC), que vendeu US$ 1,6 bilhão em leilão pela manhã, a moeda americana chegou a operar a R$ 6,10 antes de recuar para R$ 6,03 após a operação.

Este é o terceiro recorde alcançado pela moeda em outubro, superando os R$ 6,082 registrados na semana anterior. O aumento constante do dólar reflete as preocupações do mercado com o cenário fiscal e monetário no Brasil, além das expectativas com eventos econômicos globais.

Ibovespa em queda com incertezas

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 0,84%, registrando 123.560,06 pontos, o menor nível desde junho. O desempenho foi impactado pela expectativa em torno da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada nesta terça-feira (17).

A ata deve detalhar a decisão recente do BC de aumentar os juros em 1 ponto percentual, além de sinalizar possíveis novos ajustes nas reuniões de janeiro e março de 2025.

Governo tenta evitar mudanças em medidas fiscais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a tramitação de propostas fiscais no Congresso. Haddad destacou que o governo está empenhado em preservar a robustez do arcabouço fiscal.

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“O apelo que ele [Lula] está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas. Estamos convencidos de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos”, afirmou Haddad após a reunião.

Temor fiscal preocupa investidores

Yihao Lin, gerente de análises econômicas da Genial Investimentos, apontou que o mercado está desconfiado quanto à credibilidade das políticas fiscais e monetárias do governo brasileiro. Segundo ele, a incerteza sobre a nova diretoria do BC e seu compromisso com a meta de inflação contribui para a aversão ao risco.

“A percepção de que o governo pode não implementar medidas mais fortes para estabilizar a dívida pública gera um ciclo de queda nos preços dos ativos brasileiros”, explicou Lin.

Expectativas externas com o Fed

No cenário internacional, os investidores aguardam a decisão do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (18). A expectativa é de uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros americanos, acompanhada de um ritmo mais lento nos cortes esperados para 2025. Essa decisão pode impactar diretamente os mercados globais e, consequentemente, os ativos brasileiros.

Veja também: Dólar Bate Recorde Histórico Após Anúncio de Pacote Fiscal e Isenção do IR

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