Alerta em Saúde: Casos de febre Oropouche preocupam autoridades na região amazônica
Febre Oropouche no Amazonas: Pela primeira vez em mais de 40 anos, a febre Oropouche surge como uma ameaça no Amazonas, gerando preocupações entre autoridades de saúde. Desde 1º de janeiro de 2024 até esta sexta-feira (23), quase 1,4 mil casos foram confirmados, marcando um aumento significativo em relação ao ano anterior.
Sintomas similares à dengue levantam alarme
A febre Oropouche, cujos sintomas se assemelham aos da dengue, está despertando atenção especial. Pedro Augusto Tavares da Silva, agente de endemia em Parintins, relata sua experiência: “Fui fazer o teste lá na vigilância. Aí deu positivo. Eu passei muito mal mesmo, não almoçava, comia nada, eu perdi, principalmente, 4 kg. Eu perdi rapidinho.”
Aumento expressivo de casos preocupa
O número de casos tem crescido de forma alarmante não apenas no Amazonas, mas também no Acre, que registrou 157 notificações em 2024, contra 60 em 2023. A região amazônica concentra 98% dos casos em todo o país, conforme dados do Ministério da Saúde.
Transmissão e sintomas semelhantes à dengue
A febre Oropouche é transmitida pelo culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mêruim, sendo 20 vezes menor que o aedes aegypti. Os sintomas, semelhantes aos da dengue, incluem febre alta, dores de cabeça e musculares, calafrios, náuseas e erupção cutânea, dificultando o diagnóstico preciso.
Diagnóstico e tratamento
Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz Amazônia, destaca a importância do diagnóstico precoce: “A gente sempre fez uma rotina de testar primeiro dengue, zika e chikungunya por conta do número de casos a nível nacional e, depois o que era negativo, testar para outras doenças.” A recuperação total pode levar semanas, exigindo cuidados e busca por atendimento médico nos primeiros sintomas.
Com essa preocupante realidade, a atenção e ações preventivas contra o mosquito transmissor tornam-se essenciais para conter a propagação da febre Oropouche na região amazônica.
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