Impacto da Estiagem no Amazonas
Comunidades Isoladas e Escassez de Água
A estiagem deixou diversas comunidades isoladas, privadas do acesso a água potável. Em busca de sobrevivência, os moradores se viram obrigados a cavar poços na terra seca, em uma tentativa desesperada de encontrar água segura para consumo.
Consequências da Água Contaminada
A ingestão de água não tratada expôs os habitantes a fungos, protozoários e vírus, agentes causadores de doenças diarreicas, conforme aponta a FVS. Essa situação se refletiu de maneira expressiva nos registros de casos em 2023.
Ao G1, a FVS revelou que, em outubro de 2022, foram registrados 19.155 casos. No mesmo período de 2023, houve um aumento alarmante de 28%, totalizando 24.462 casos. O mês destacou-se como um dos mais críticos durante a seca.
“Estamos enfrentando a situação da estiagem, que levou muitos amazonenses a consumirem água de qualidade duvidosa ou até mesmo imprópria. Isso resultou em um aumento significativo nos casos de diarreia no Estado do Amazonas”, explicou Alexsandro Melo, chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP.
Comparação de Registros
Apesar do aumento em 2023, o total parcial até outubro não ultrapassou os números de 2022. No ano passado, foram registrados 232.103 casos de diarreia.
- 2021: 169.456 casos
- 2022: 232.103 casos
- Até outubro de 2023: 208.739 casos
Resposta da FVS e Governo do Amazonas
Frente a essa crise, a FVS, em colaboração com o Governo do Amazonas, enviou fontes, purificadores e estações de tratamento para as regiões afetadas pela escassez. Além disso, foram distribuídos hipoclorito de sódio para purificação da água, visando mitigar os impactos dessa emergência de saúde pública.
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