A aliança militar que desafia sanções internacionais e preocupa o Ocidente
Coreia do Norte apoia Rússia na guerra: Um relatório revelador divulgado por um grupo de monitoramento internacional confirmou que a Coreia do Norte está fornecendo apoio militar massivo à Rússia na guerra contra a Ucrânia. O levantamento, assinado por 11 países membros da ONU, aponta que Pyongyang enviou mais de 9 milhões de munições, 100 mísseis balísticos e ao menos 14 mil soldados norte-coreanos para território russo.
Armas, foguetes e mísseis: o arsenal enviado por Kim Jong-un
Desde setembro de 2023, a Coreia do Norte já enviou cerca de 20 mil contêineres contendo armamentos à Rússia. Os carregamentos incluem canhões autopropulsados, lançadores múltiplos de foguetes de longo alcance e mísseis balísticos — todos utilizados em território ucraniano, violando as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
As transferências ocorreram principalmente por rotas ferroviárias e marítimas, entre os portos norte-coreano de Najin e o russo Vostochnyy, conforme apontado por agências como a CNN Brasil e o Wall Street Journal.
Soldados norte-coreanos em solo russo
Segundo o El País, Pyongyang reconheceu oficialmente o envio de tropas, algo inédito desde a Guerra do Vietnã. Aproximadamente 14 mil militares foram deslocados, com 3 mil servindo como reforço para tropas russas feridas ou abatidas. A maioria desses combatentes foi enviada para a região de Kursk, onde atuam em conjunto com o exército russo.
O que Moscou deu em troca
Em contrapartida, a Rússia teria fornecido à Coreia do Norte sistemas de defesa aérea como o Pantsir, assistência técnica em guerra eletrônica e combustível em volumes que excedem os limites das sanções internacionais. O armamento russo também tem servido como base para aperfeiçoamento dos mísseis norte-coreanos, segundo especialistas.
Reação internacional
Diversos países, incluindo Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha e Japão, expressaram profunda preocupação com a aliança militar entre os dois países. A ONU segue monitorando os desdobramentos da cooperação e estuda novas sanções.
A cooperação entre os regimes de Kim Jong-un e Vladimir Putin reacende o temor de um novo eixo militar no Oriente, fortalecendo o poder bélico da Rússia e comprometendo o equilíbrio geopolítico global.
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