Novos confrontos e trocas de acusações
Debate Caótico Prefeitura SP: O debate realizado nesta terça-feira (17) pela RedeTV! e o portal UOL, com candidatos à Prefeitura de São Paulo, foi marcado por uma série de tumultos e discussões acaloradas. Entre os presentes estavam os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Mariana Helena (Novo), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB). O encontro já começou em um clima tenso, especialmente após o incidente ocorrido no debate anterior, em que Datena atingiu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada.
No início do debate, Datena e Marçal discutiram sobre o incidente. Marçal afirmou que Datena agiu de maneira “análogo a orangotango” no último encontro, alegando que as cadeiras foram parafusadas para evitar novos confrontos. Em resposta, Datena rebateu, afirmando que não bateria novamente em Marçal, chamando-o de “covarde” e ressaltando que já estava arrependido do ocorrido.
Acusações pessoais e troca de ofensas
Durante o debate, as discussões entre os candidatos continuaram, com várias acusações e trocas de ofensas. Marçal, por exemplo, se referiu ao prefeito Ricardo Nunes como “Bananinha” e relembrou um boletim de ocorrência de violência doméstica de 2011 contra ele, o que gerou grande tensão. Nunes, por sua vez, respondeu trazendo à tona a condenação de Marçal por furto qualificado em 2010, em um processo que envolvia fraudes bancárias.
Outras acusações também foram feitas entre os candidatos. Marina Helena acusou Tabata Amaral de realizar viagens em jatinhos particulares para encontrar seu namorado, o prefeito de Recife, João Campos. Tabata negou as alegações, classificando-as como um “delírio grave” e ameaçou processar Marina.
Poucas propostas para São Paulo
Apesar do intenso bate-boca, o debate apresentou poucas propostas concretas para a cidade de São Paulo. As perguntas dos jornalistas e dos próprios candidatos focaram mais em acusações pessoais do que em planos de governo. No entanto, alguns temas foram abordados, como o questionamento a Ricardo Nunes sobre irregularidades em contratos emergenciais da prefeitura, e Guilherme Boulos foi indagado sobre a baixa adesão da periferia à sua campanha.
Cadeiras Parafusadas e Regras Mais Rígidas
O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo evidenciou o clima acirrado e a troca de farpas entre os postulantes ao cargo. Com cadeiras parafusadas e regras mais rígidas para evitar novos confrontos físicos, o evento terminou com poucas soluções ou propostas para a população da cidade. O público, contudo, continua aguardando um debate mais construtivo e menos centrado em ataques pessoais.
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