BTG Reforça Posição com Ativos do Banco Master
BTG Compra Ativos: O BTG Pactual, liderado por André Esteves, concluiu a aquisição de ativos do Banco Master, controlado por Daniel Vorcaro, por cerca de R$ 1,5 bilhão. A transação, finalizada em maio de 2025, envolveu ativos como o Hotel Fasano de São Paulo, participações acionárias e precatórios. O negócio fortalece a estrutura de capital do Banco Master, que enfrenta desafios financeiros, e ocorre em paralelo à venda de 58% do banco ao BRB, operação ainda sob análise do Banco Central.
Lista dos Ativos Adquiridos
O pacote de ativos adquirido pelo BTG inclui:
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Hotel Fasano (Itaim, São Paulo): Avaliado em R$ 400 milhões, o empreendimento de luxo está localizado em uma das regiões mais valorizadas do Brasil.
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Participações acionárias: Ações de empresas como Light, Hapvida e Méliuz, anteriormente detidas por Vorcaro.
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Precatórios: Carteira de títulos judiciais, estimada em cerca de R$ 7,5 bilhões pelo valor de face, segundo o Banco Master.
Razões e Contexto da Negociação
A aquisição faz parte de uma estratégia para reforçar a solidez financeira do Banco Master, que cresceu rapidamente nos últimos anos, mas enfrentou questionamentos sobre a liquidez de seus ativos, especialmente precatórios. A transação, conduzida por André Esteves, mobilizou cerca de 50 profissionais de ambas as instituições. O objetivo de Vorcaro é capitalizar o banco para facilitar a venda de 58% de seu capital ao BRB, um negócio de R$ 2 bilhões ainda pendente de aprovação regulatória. O BTG, por sua vez, viu nos ativos uma oportunidade de diversificação e fortalecimento de seu portfólio.
O Banco Master, sob comando de Vorcaro, destacou-se por estratégias agressivas, como oferta de CDBs com retorno de até 140% do CDI, garantidos pelo FGC até R$ 250 mil. No entanto, mudanças nas regras do FGC em 2023 e a alta exposição a ativos de risco, como precatórios, geraram incertezas no mercado.
Repercussão e Especulações nas Redes
A transação gerou intensos debates no mercado financeiro e nas redes sociais. Posts no X destacaram a disparidade entre a oferta inicial do BTG, de R$ 1 simbólico para assumir o Banco Master, e o acordo de R$ 1,5 bilhão pelos ativos. Analistas especulam que o BTG pode estar se posicionando para futuras negociações envolvendo os ativos remanescentes do Master, embora fontes próximas afirmem que Esteves desistiu de comprar o banco integralmente após avaliar riscos na carteira de precatórios. Há também menções de que a operação pode aliviar pressões sobre o FGC, mas essas informações seguem inconclusivas.