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quinta-feira, janeiro 16, 2025

Brasil avança na vacinação contra o HPV e se aproxima de metas

Cobertura vacinal alcança números expressivos

Brasil avança vacinação HPV: Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que o Brasil está próximo de atingir a meta de vacinação contra o HPV, responsável por causar o câncer de colo do útero e outros tipos de tumores. Em 2023, a cobertura vacinal atingiu quase 85% do público-alvo, com 96% dos adolescentes de 14 anos imunizados. Contudo, a taxa de vacinação entre crianças de 9 anos ainda é um desafio, com menos de 69% imunizados.

O HPV é a terceira maior causa de tumores malignos e a quarta principal razão de mortes entre mulheres no Brasil, contabilizando aproximadamente 17 mil novos casos e 7 mil óbitos por ano. Além disso, a imunização masculina também é crucial, considerando que o vírus pode provocar câncer de pênis, ânus, boca e garganta, além de ser amplamente disseminado por transmissão sexual.

Estratégias para melhorar a vacinação

Desde o início da vacinação contra o HPV no Brasil, em 2014, a adesão de meninos tem sido inferior à das meninas, com uma diferença de 24,2 pontos percentuais. Para reverter esse quadro, o Ministério da Saúde tem priorizado a vacinação em escolas, garantindo acesso antes do início da vida sexual.

Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), destacou a eficácia da vacina, agora administrada em dose única, e a importância de reverter a desconfiança gerada por boatos. “É uma vacina altamente eficaz e segura, essencial para eliminar o câncer de colo do útero”, enfatizou Gatti durante o II Simpósio Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Brasil.

O Ministério também está ampliando a busca ativa por jovens de 15 a 19 anos não vacinados. A estimativa é de que quase 3 milhões de adolescentes dessa faixa etária ainda não tenham recebido a imunização, com os estados do Rio de Janeiro, Acre, Distrito Federal, Roraima e Amapá liderando os índices de baixa cobertura.

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Superando barreiras de acesso e comunicação

Desafios logísticos, como o atendimento em áreas remotas, especialmente na região amazônica, têm dificultado o alcance da meta. Para enfrentar essas barreiras, o PNI tem intensificado ações em municípios com menores taxas de cobertura, buscando vacinar comunidades inteiras em áreas ribeirinhas e periféricas.

Além disso, a comunicação efetiva é essencial para engajar a população. “Precisamos reforçar que esta é uma vacina contra o câncer, capaz de salvar vidas. Fortalecer os programas de vacinação nas escolas é fundamental, pois os adolescentes raramente buscam os postos de saúde”, alertou Gatti.

O impacto da vacinação no combate ao câncer

A vacinação contra o HPV não é apenas uma medida preventiva, mas um passo significativo para reduzir a incidência de câncer no Brasil. Com estratégias direcionadas, busca ativa e campanhas de conscientização, o país caminha para atingir a meta de 90% de cobertura, protegendo a população e fortalecendo o sistema de saúde.

Veja Também: Consulta Pública para Incorporação de Teste Molecular de HPV no SUS: Contribua até 17 de Janeiro

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