Transferência de helicóptero, exames com contraste e mensagem enigmática: o que se sabe até agora
Bolsonaro internado em Natal: Na manhã de quinta-feira (11/04), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado às pressas após sentir fortes dores abdominais enquanto participava de compromissos políticos em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil e Metrópoles, Bolsonaro foi transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, em Natal, onde permanece sob cuidados médicos.
O episódio gerou intensa mobilização nas redes sociais e reabriu o debate sobre o estado de saúde do ex-presidente, que enfrenta complicações intestinais recorrentes desde o atentado com faca sofrido em 2018.
O que causou a internação de Bolsonaro?
De acordo com o boletim médico, Bolsonaro apresentou um quadro de distensão abdominal e dor intensa, que motivou a realização de exames de imagem com contraste. A suspeita inicial é de uma complicação no intestino delgado, consequência de aderências formadas pelas múltiplas cirurgias realizadas nos últimos anos.
“Ele está clinicamente estável, sem febre, recebendo hidratação venosa e antibióticos. Por ora, não há indicação de cirurgia”, informou o diretor médico Luiz Roberto Fonseca em entrevista à imprensa local.
Apesar do quadro estável, a equipe médica decidiu mantê-lo internado em observação e descartou, por ora, transferência para São Paulo ou Brasília. Exames laboratoriais seguem sendo realizados para acompanhamento detalhado do caso.
Bolsonaro envia recado aos seguidores: “A carne é fraca, mas a fé é forte”
Em suas redes sociais, o ex-presidente postou uma foto no leito hospitalar e tranquilizou seus apoiadores:
“Graças a Deus, meu quadro está estável e sigo me recuperando. Agradeço aos profissionais de saúde, à PM pelo transporte e às orações de todos.”
Ele também compartilhou uma reflexão que repercutiu entre seus seguidores:
“Momentos assim nos lembram da fragilidade da carne e da fortaleza que vem da fé, da família e daqueles que permanecem ao nosso lado, mesmo à distância.”
Nos bastidores, aliados afirmam que Bolsonaro estava determinado a intensificar sua agenda política no Nordeste, visitando cinco estados. A internação interrompeu esse cronograma, mas o ex-presidente garantiu que retomará os compromissos assim que tiver alta médica.
O que está sendo comentado nas redes
Usuários do X (antigo Twitter) e de grupos bolsonaristas no Telegram especulam se o agravamento do quadro de saúde poderia afetar a liderança do ex-presidente na direita brasileira, sobretudo diante de investigações em curso e sua estratégia de pré-campanha para 2026.
Alguns seguidores mais fiéis destacaram a “resiliência de um guerreiro” e pediram orações. Outros, porém, demonstraram preocupação com a recorrência das internações e sugerem que o ex-presidente diminua o ritmo de viagens e exposições públicas.
Histórico de problemas intestinais
Desde o atentado de 2018, Bolsonaro já passou por pelo menos quatro cirurgias no abdômen e diversos episódios de obstruções intestinais. Em janeiro de 2022, ficou internado nos Estados Unidos pelo mesmo motivo.
De acordo com especialistas ouvidos pela Reuters e AP News, casos como o de Bolsonaro, com múltiplas cirurgias na região abdominal, tendem a gerar aderências que dificultam a motilidade intestinal, aumentando o risco de crises semelhantes.
Próximos passos e impacto político
Não há previsão de alta até o momento. A equipe médica deve decidir nos próximos dias se novos exames ou procedimentos serão necessários. A assessoria do ex-presidente confirmou o cancelamento da agenda política no Nordeste até nova ordem.
Do ponto de vista político, a internação ocorre em um momento delicado, com Bolsonaro envolvido em investigações da Polícia Federal sobre articulações golpistas e financiamento de atos antidemocráticos. A ausência prolongada pode afetar articulações estratégicas da oposição no Congresso.
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