A Resposta de Bolsonaro ao STF
Bolsonaro Nega Golpe e Alega Perseguição: Após a decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado em 26 de março de 2025, Jair Bolsonaro reagiu com veemência. Acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar um plano para subverter as eleições de 2022, o ex-presidente usou redes sociais e entrevistas para se defender, alegando ser alvo de uma perseguição política orquestrada para eliminá-lo das eleições de 2026.
O Que Ele Disse: “Alternativas, Não Golpe”
Bolsonaro negou qualquer intenção golpista, afirmando que as discussões no Palácio da Alvorada, citadas na denúncia, eram apenas sobre “alternativas políticas” dentro da Constituição, como a decretação de um estado de sítio. “Nunca levei isso adiante. É um teatro para me calar”, declarou em postagem no X. Ele comparou a rapidez do processo contra ele a casos como o Mensalão e a Lava Jato, sugerindo que o STF quer julgá-lo antes de 2026.
Acusações de Perseguição
O ex-presidente foi além, equiparando o Brasil a regimes como Venezuela e Nicarágua, onde, segundo ele, opositores são neutralizados por decisões judiciais. “Querem me tirar do jogo político”, afirmou, mesmo estando inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outro caso.
Impactos: O Que Está em Jogo?
A reação de Bolsonaro reacende a polarização no país. Seus apoiadores veem o processo como uma tentativa de silenciá-lo, enquanto críticos apontam que as provas, como a delação de Mauro Cid e minutas golpistas apreendidas, sustentam as acusações. O julgamento pode influenciar sua base política e o cenário para 2026, mesmo que ele não dispute diretamente.
A Defesa em Ação
A equipe jurídica de Bolsonaro, liderada por Celso Vilardi, anunciou que recorrerá da decisão do STF. Eles questionam a validade da delação de Cid, ex-ajudante de ordens, e afirmam que faltam provas concretas de que o ex-presidente ordenou um golpe.
Declarações Oficiais: O Outro Lado
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, defendeu a solidez das evidências, que incluem depoimentos, documentos e gravações. “Os indícios são claros e robustos”, disse durante o julgamento, conforme divulgado pelo tribunal. A PGR reforçou que a denúncia se baseia em fatos, não em especulações, destacando reuniões e comunicações entre os envolvidos.
Dados Relevantes: Números do Caso
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5 a 0: Votação unânime no STF para tornar Bolsonaro réu.
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8 réus: Total de denunciados, incluindo ex-ministros como Braga Netto.
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2030: Fim da inelegibilidade de Bolsonaro, caso não haja novas condenações.
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12 anos: Pena máxima para o crime de golpe de Estado.
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