Argentina: Inflação Desacelera e Pobreza Recua Após Políticas de Estabilização
Argentina: Economia Cresce e Pobreza Diminui: Nos últimos meses, a Argentina tem apresentado indicadores econômicos positivos, com redução da inflação, cortes nas taxas de juros e queda expressiva na pobreza. Os dados recentes desafiam críticas iniciais às medidas do presidente Javier Milei e sugerem uma recuperação gradual da economia.
Juros em Queda Livre e Controle da Inflação
Uma das principais ações do governo Milei foi a redução agressiva da taxa básica de juros pelo Banco Central da Argentina (BCRA). Desde o início de 2024, o país registrou nove cortes consecutivos, diminuindo os juros de 133% para 29% — o menor patamar em três anos. A medida teve impacto direto no controle da inflação, que caiu de 211,4% em 2023 para 117,8% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados oficiais.
Além disso, o BCRA anunciou a redução da taxa de depreciação mensal do peso argentino, que passará de 2% para 1% a partir de fevereiro. A mudança busca fortalecer a moeda local e atrair investimentos estrangeiros.
Pobreza Recua para Menor Nível em Cinco Anos
Dados do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS) revelaram que a taxa de pobreza no país caiu de 52,9% no final de 2023 para 38,9% no terceiro trimestre de 2024. A indigência (pobreza extrema) também recuou, atingindo 8,6% — queda de 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Pesquisas independentes corroboram a tendência:
- Universidade Torcuato Di Tella: Estimou pobreza em 39% no mesmo período.
- Observatório da Dívida Social da UCA: Confirmou redução “significativa” nos índices.
Os números refutam críticas de que as políticas econômicas beneficiariam apenas o mercado, sem impacto social.
Perspectivas de Crescimento e Desafios
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas projeções para a Argentina e prevê crescimento de 5% ao ano em 2025 e 2026, sinalizando confiança na recuperação sustentável. Entre os fatores que impulsionam o otimismo estão:
- Aumento da renda real devido à desaceleração inflacionária.
- Retomada de investimentos em setores como energia e agroindústria.
- Estabilidade cambial com menor depreciação do peso.
No entanto, desafios persistem. Especialistas alertam para a necessidade de disciplina fiscal e reformas estruturais para evitar retrocessos. “A Argentina não pode repetir os erros do passado, como emissão monetária descontrolada”, destacou um analista do Instituto Argentino de Análise Econômica (IADE).
Reações Internacionais e Cenário Político
Apesar do cenário positivo, a gestão de Milei segue sob críticas de setores que consideram suas medidas “excessivamente austeras”. Organizações sociais argumentam que programas de assistência foram reduzidos, pressionando famílias vulneráveis.
Internacionalmente, porém, o governo argentino recebeu elogios. O FMI destacou “avanços notáveis na estabilização macroeconômica”, enquanto o Banco Mundial classificou a queda da pobreza como “um marco para a região”.
Conclusão: Um Novo Capítulo para a Economia Argentina?
A combinação de inflação controlada, juros menores e redução da pobreza indica que a Argentina pode estar virando uma página após anos de crise. Se o governo mantiver o rumo das reformas e equilibrar ajustes fiscais com proteção social, o país poderá consolidar uma recuperação histórica. Por enquanto, os números sugerem que a aposta de Milei em políticas ortodoxas começa a render frutos.
Veja Também: Cidade argentina instalará cerca na fronteira com a Bolívia para combater imigração e contrabando
Siga-nos no Instagram para Novas Notícias: AMTV News (@portalamtvnews)