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quarta-feira, abril 2, 2025

Anistia Divide Câmara: PT e PL Firmes, Esquerda em Dúvida

Projeto sobre 8 de janeiro tem apoio do Centrão e polariza deputados

Anistia de 8/1 Divide PT PL e Esquerda: A proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 está mexendo com a Câmara dos Deputados. Enquanto PT e PL mostram posições opostas e unânimes, o Centrão inclina-se a favor do perdão, e partidos de esquerda, como PSOL e PCdoB, ainda não definiram um rumo claro. O tema, que tramita como PL 2.858/2022, promete embates intensos no Congresso.

Contexto da Proposta

O projeto, apresentado pelo deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), busca anistiar os réus julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Até agora, 171 deputados se dizem favoráveis, 115 são contra e 92 não se posicionaram, segundo levantamento do Estadão chamado “Placar da Anistia”.
A discussão ganhou força em 2025, com o PL, de Jair Bolsonaro, defendendo a medida como “justiça aos patriotas”, enquanto o governo Lula tenta barrá-la, alegando risco à democracia.

Posições dos Partidos

O PT, com 67 deputados, rejeita a anistia em bloco, alinhado ao discurso de Lula contra o que chama de “tentativa de golpe”. Já o PL, maior bancada com 92 parlamentares, apoia integralmente a proposta, liderado por figuras como o autor do projeto.
O Centrão, bloco pragmático que inclui PP, PSD e Republicanos, pende a favor: o Republicanos tem 16 votos “sim” e apenas um “não”, e o MDB soma 16 favoráveis. Já na esquerda, o PSOL registra 4 contrários entre 12 deputados, e o PCdoB, com 6 membros, não consolidou posição, indicando indefinição.

Impactos no Cenário Político

A possível aprovação da anistia pode fortalecer o bolsonarismo, que vê no perdão um símbolo de resistência, mas também tensionar a relação entre Lula e aliados do Centrão no governo. Analistas apontam que o bloco centrista, com cargos em ministérios, será decisivo na votação, prevista para os próximos meses.
Caso passe, o projeto beneficiaria cerca de 1.200 investigados e 30 já condenados pelo STF, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Declarações Oficiais

O líder do PT na Câmara, Odair Cunha, afirmou: “Não podemos premiar quem atacou a democracia. Isso é inegociável”. Em contraponto, Major Vitor Hugo defendeu: “São cidadãos que merecem uma segunda chance, não golpistas”. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda não se pronunciou, mas sua influência sobre o Centrão pode definir o rumo do texto.

Dados e Números

Dos 513 deputados, 378 responderam ao levantamento do Estadão até 23 de março. O PL lidera em número de votos favoráveis (92), seguido pelo PP (25 de 36). O PT é o maior bloco contrário (67), mas a abstenção ou silêncio de 92 parlamentares mantém o resultado imprevisível.

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