24.3 C
Manaus
quinta-feira, janeiro 16, 2025

Agente da PF preso por planejar atentado contra Lula, Alckmin e Moraes revela cooptação para repassar informações

Operação revela detalhes de conspiração envolvendo agentes federais e militares

PF investiga plano de atentado contra Lula, Alckmin e Moraes: Um agente da Polícia Federal (PF), Wladimir Matos Soares, detido durante uma operação na última terça-feira (19), confessou em depoimento que foi “cooptado” para fornecer informações sobre a segurança de autoridades brasileiras. O plano incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Agente revela detalhes de cooptação

Soares afirmou às autoridades que foi convencido a integrar o plano por Alexandre Ramalho Dias Ferreira, também agente da PF e investigado no caso conhecido como “Abin Paralela”. A operação apura irregularidades na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), incluindo espionagem e monitoramento de opositores políticos.

De acordo com o relatório da Polícia Federal, Soares utilizou seu cargo para acessar e repassar informações sensíveis sobre a segurança de Lula no período entre sua diplomação e posse. “O policial repassou informações relacionadas à estrutura de segurança do presidente eleito para pessoas ligadas ao então presidente Jair Bolsonaro”, aponta o documento.

Envolvimento de Alexandre Ramalho e conexões com a Abin Paralela

Ramalho, apontado por Soares como o responsável por sua cooptação, já era investigado por envolvimento no esquema de espionagem ilegal dentro da Abin. Durante sua atuação na agência, Ramalho teria cumprido ordens diretas da alta gestão, monitorando alvos e elaborando relatórios. Esses dados foram posteriormente incluídos na investigação conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes sobre a tentativa de golpe de Estado.

Ramalho foi destacado pela PF para atuar na Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem, então diretor-geral da agência. Segundo o relatório, ele integrava o “núcleo de subordinados”, formado por policiais federais alocados na Abin para executar tarefas de monitoramento e espionagem.

Publicidade

Operação desarticula plano de atentado

A operação que levou à prisão de Soares também revelou o envolvimento de quatro militares do Exército no plano de assassinato. A investigação aponta que o grupo pretendia atacar as autoridades semanas antes da posse de Lula na Presidência, em janeiro de 2023. Além disso, Soares e os militares planejavam atingir Alexandre de Moraes, figura central nas investigações contra atos golpistas no país.

O agente preso está sendo acusado de trair sua função ao colaborar diretamente com uma conspiração para desestabilizar o governo eleito. A Polícia Federal continua as investigações para identificar todos os envolvidos e compreender a extensão do plano.

Repercussão política e investigações em andamento

A revelação do esquema gerou grande repercussão política. Autoridades do governo têm ressaltado a importância de apurações rigorosas para garantir a segurança institucional. O caso também reforça a atenção sobre o uso indevido de cargos públicos para fins golpistas e a necessidade de fortalecer os mecanismos de controle e fiscalização no setor de inteligência.

Enquanto as investigações avançam, a atuação de Soares e outros envolvidos está sendo analisada minuciosamente. O objetivo é garantir que os responsáveis enfrentem as devidas consequências legais e evitar novos episódios de ameaças contra a democracia brasileira.

Veja Também: Plano para Assassinato de Lula, Alckmin e Moraes é Desvendado pela Polícia Federal

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Pode Gostar