Detalhes do Crime
Contexto e Motivação
De acordo com o delegado Roberto Afonso, o adolescente planejou os assassinatos na sexta-feira (17) após ter seu celular e computador confiscados pelos pais. Ele pegou a arma de fogo do pai, que era guarda civil em Jundiaí, e atirou nele quando estava de costas na cozinha.
O adolescente explicou que a irmã, Letícia, ouviu o disparo e gritou. Ele foi até ela e atirou em seu rosto, resultando na morte imediata da jovem.
Dinâmica dos Assassinatos
“Ele fala que deu um tiro na nuca do pai. Aí a irmã ouviu o disparo, e ele acessou o primeiro andar e efetuou um disparo no rosto da irmã. Aguardou a mãe chegar. A mãe chegou e fez mais um disparo. Acertou a mãe. No dia seguinte, ele ainda pegou a faca e ainda esfaqueou a mãe porque ainda sentia raiva”, afirmou o delegado Roberto Afonso ao portal de noticias.
A mãe chegou em casa por volta das 19h. O adolescente abriu o portão da garagem para ela e, após ela ver o corpo do marido na cozinha, ele a matou. No dia seguinte, ainda esfaqueou a mãe para aliviar sua raiva.
Reação e Apreensão
O adolescente ligou para a Polícia Militar na noite de domingo (19) e confessou os assassinatos. Quando os policiais chegaram, encontraram o adolescente na residência, que se mostrou surpreso ao saber que seria apreendido. “Ele tomou um susto. Foi uma surpresa pra ele que na hora que foi falado: ‘você vai ser preso’. Ele se espantou com isso”, explicou o delegado.
Investigação e Análise
A polícia apreendeu os celulares dos pais e da irmã, além do celular e computador do adolescente. Vizinhos, amigos e familiares serão ouvidos nos próximos dias para determinar se o adolescente agiu sozinho ou com ajuda. “A perícia será muito importante nos aparelhos dele, dos pais e irmã. No momento não podemos dizer se teve algum mentor. Até agora sabemos que era uma família pacata. Vamos aprofundar na investigação”, completou o delegado.
Frieza e Avaliação Psicológica
Segundo o boletim de ocorrência, o adolescente demonstrou frieza ao descrever os assassinatos, o que chocou os investigadores. “É um caso que sempre choca, né? Você tem familiares que foram assassinados por um outro familiar. É um homicídio intrafamiliar. Sempre chama atenção a frieza, porque são familiares. Matou três familiares e tem espaçamento de tempo”, afirmou o delegado.
O adolescente será submetido a uma avaliação psicológica. “Ele fica esse tempo apreendido na Fundação Casa. O Ministério Público, titular da ação penal, vai estabelecer da necessidade de rigidez mental para saber se ele estava em sã consciência. Isso tudo tem que ser analisado e o MP fará isso aí. Vamos aguardar o laudo”, concluiu o delegado.
Impacto na Comunidade
Amigos e vizinhos descreveram a família como comum e pacata. A comunidade está em choque e tenta entender os motivos por trás do trágico evento.
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