Prisão do Suspeito e Confissão do Crime
Preso chefe ataque MST: A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado (11) o homem apontado como chefe do ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Tremembé, no Vale do Paraíba. Conhecido como “Nero do Piseiro”, o acusado já possuía antecedentes por porte ilegal de arma de fogo e confessou sua participação no crime.
As autoridades indicam que ele não só esteve diretamente envolvido na ação, mas também foi reconhecido pelas vítimas como o mentor intelectual do ataque, que ocorreu na noite de sexta-feira (10).
Detalhes do Ataque e Vítimas
O atentado deixou um saldo de oito pessoas baleadas, das quais duas morreram no local. As vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Regional de Taubaté e ao Pronto-Socorro de Tremembé. Infelizmente, na tarde de sábado, Denis Carvalho, de 29 anos, faleceu após permanecer em coma induzido, elevando o número de mortes para três.
De acordo com o delegado Daniel Lourenço Von Gal, uma das vítimas, uma mulher, permanece em estado grave. A investigação sugere que o motivo do crime seria um conflito relacionado ao comércio irregular de terrenos dentro do assentamento.
Apreensão de Armas e Testemunhos
Durante as investigações, a polícia apreendeu diversos objetos e munições no local, incluindo:
- 1 rastelo
- 1 enxada
- 1 picareta
- 4 facas
- 5 estojos calibre 12
- 17 estojos aparentando 9 mm
As testemunhas relataram que os criminosos chegaram ao assentamento em carros e motos, atirando em seguida. Um segundo suspeito, identificado como Ítalo, também foi apontado como participante do ataque.
Reação do Governo e Acompanhamento do Caso
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, acompanhasse de perto as investigações. Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública instruiu a Polícia Federal a abrir um inquérito para investigar o ataque.
Investigação e Desdobramentos
O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. A Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté segue conduzindo as apurações.
O crime, que resultou em mortes e feridos, chamou atenção para a violência no campo e reforçou a necessidade de medidas para garantir a segurança nos assentamentos. A investigação busca localizar outros envolvidos no atentado, apontados pelo próprio acusado.
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