Fazendeiros Organizam Mobilização Contra Ocupação Indígena em Grupo “Invasão Zero”
Morte de Indígena Gera Protestos e Prisões; A mobilização que levou à morte da indígena Maria Fátima Muniz de Andrade, na Fazenda Inhuma, Bahia, foi orquestrada por cerca de 200 fazendeiros por meio do aplicativo de mensagens Whatsapp. O grupo autodenominado “Invasão Zero” buscou recuperar a propriedade ocupada pelos Pataxó Hã Hã Hãi, resultando em confrontos e na trágica morte da indígena.
Convocação Urgente e Tentativa de Reintegração sem Decisão Judicial
Os fazendeiros, em mensagem distribuída pelo Whatsapp, convocaram a ação “em caráter de urgência” para reintegração da propriedade invadida. Sem decisão judicial, cercaram a área com dezenas de caminhonetes, marcando encontro no Rio Pardo. O resultado foi o confronto com indígenas, culminando na morte de Maria Fátima e ferimentos em outras pessoas.
Fazendeiros Detidos Após Confronto: Autor dos Disparos Entre Eles
Dois fazendeiros foram detidos, incluindo o autor dos disparos que vitimaram Maria Fátima Muniz de Andrade. O cacique Nailton Muniz Pataxó também foi baleado, sobrevivendo. O confronto envolveu um indígena com arma artesanal e deixou feridos, incluindo um fazendeiro atingido por uma flechada.
Protestos e Interdição na BR-101 em Repúdio à Morte
O MST interditou trechos da BR-101 em protesto, enquanto o governador Jerônimo Rodrigues convocou reunião para reforçar monitoramento em áreas de conflito. A Bahia tem a segunda maior população indígena do Brasil, e o caso é investigado pela delegacia de Itapetinga, com a presença de uma comissão liderada pela ministra Sonia Guajajara.
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