Zhaohu Qiu é capturado em Carapicuíba; polícia investiga motivação de ciúmes e ocultação de cadáver com cães
Chinês é preso em SP por matar Marcelle no Rio: O chinês Zhaohu Qiu, de 35 anos, principal suspeito de assassinar a jovem Marcelle Júlia Araújo da Silva, de 18 anos, foi preso nesta segunda-feira (16 de junho de 2025) na cidade de Carapicuíba, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Zhaohu estava foragido desde sexta-feira (13/06), quando o corpo de Marcelle foi localizado em uma obra abandonada no bairro da Pavuna, Zona Norte do Rio. O cadáver apresentava sinais de mutilação e estava parcialmente devorado por cães soltos na construção, o que chocou a comunidade local.
Como aconteceu a prisão
Ação conjunta entre RJ e SP
Após a descoberta do crime, a Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) obteve um mandado de prisão temporária por feminicídio. O setor de inteligência rastreou indícios de fuga para São Paulo. A Polícia Civil paulista foi acionada e conseguiu localizar o suspeito em Carapicuíba, escondido em uma casa de conhecidos.
Segundo o delegado Fábio Cardoso, responsável pela investigação, “o trabalho de inteligência foi essencial para capturá-lo antes que ele deixasse o país ou destruísse provas”.
Zhaohu não reagiu à prisão e deve ser transferido ainda nesta semana para o Rio de Janeiro.
Câmeras gravaram últimos momentos de Marcelle
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram Marcelle chegando de bicicleta à casa de Zhaohu na madrugada de quinta-feira (12 de junho). Horas depois, o chinês foi filmado empurrando um carrinho coberto por uma lona azul — o mesmo material que envolvia o corpo da jovem.

Segundo vizinhos ouvidos pelo G1 e pela TV Globo, Zhaohu era vendedor de yakisoba na região e tinha convivência próxima com a família da vítima. Há relatos de que o imóvel era usado para festas com bebidas e circulação de jovens.
A polícia trabalha com a hipótese de crime motivado por ciúmes ou obsessão, mas não descarta a participação de cúmplices na ocultação do cadáver.
Repercussão e pedidos de justiça
Caso gera comoção e pressão nas redes
A hashtag #JustiçaPorMarcelle subiu rapidamente para os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter). Internautas, amigos e organizações de defesa das mulheres exigem punição exemplar e criticam falhas na proteção de vítimas de violência doméstica.
Especialistas em criminologia apontam que o caso expõe novamente a vulnerabilidade de jovens em bairros periféricos e reacende o debate sobre feminicídios no Brasil.
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