Crise no Corinthians e Descoberta Inesperada
Câmeras Clandestinas no CT do Corinthians: O Sport Club Corinthians Paulista enfrenta mais um capítulo de instabilidade. Na última terça-feira, 28 de maio de 2025, a diretoria do clube descobriu sete câmeras de segurança clandestinas instaladas no Centro de Treinamento (CT) Joaquim Grava, na zona leste de São Paulo. A revelação ocorreu durante uma manutenção de rotina no almoxarifado, em meio a protestos de torcedores e denúncias de falhas na segurança do local.
A descoberta intensifica a crise administrativa vivida pelo clube, que recentemente afastou o ex-presidente Augusto Melo. As câmeras, que transmitiam imagens para um dispositivo externo, levantaram suspeitas de espionagem e possível desvio de materiais esportivos fornecidos pela Nike, patrocinadora oficial do Corinthians.
O Que Aconteceu: Detalhes da Descoberta
As câmeras clandestinas foram encontradas em pontos estratégicos do almoxarifado do CT Joaquim Grava, espaço utilizado para armazenar equipamentos e materiais do clube. Segundo informações da Polícia Civil, os dispositivos não estavam conectados ao sistema interno de monitoramento do Corinthians, o que sugere operação independente e não autorizada.
A manutenção que levou à descoberta foi solicitada pela nova gestão do clube, que assumiu após o afastamento de Augusto Melo, em resposta a denúncias de torcedores sobre irregularidades no CT. “Foi um choque. Não tínhamos ideia de que algo assim estava acontecendo no nosso próprio CT”, afirmou um funcionário do clube, sob condição de anonimato, à Band.
No dia seguinte, 29 de maio, a Polícia Civil realizou uma perícia no local para investigar a origem das câmeras e possíveis crimes associados, como interceptação não autorizada e furto de materiais. O caso foi registrado no 24º Distrito Policial (Ponte Rasa) como interceptação telefônica.
Suspeitas de Sabotagem e Desvio
A presença de câmeras clandestinas levantou preocupações sobre possíveis tentativas de sabotagem ou desvio de bens. Relatos indicam que itens fornecidos pela Nike, como uniformes e equipamentos esportivos, podem ter sido alvos de furto. A investigação busca identificar se as câmeras foram instaladas para monitorar o almoxarifado com intenções ilícitas. “Estamos tratando o caso com a máxima seriedade. A segurança do clube e a proteção de nossos ativos são prioridades”, declarou a diretoria do Corinthians em nota oficial publicada no site do clube.
Impactos para o Corinthians
A descoberta das câmeras clandestinas agrava a crise no Corinthians, que já enfrenta desafios dentro e fora de campo. O clube, que vive um momento de transição administrativa, tem lidado com protestos de torcedores e críticas à gestão anterior. A suspeita de espionagem pode abalar ainda mais a confiança da torcida e dos patrocinadores.
Além disso, a investigação pode revelar falhas estruturais na segurança do CT Joaquim Grava, um dos principais centros de treinamento do futebol brasileiro. Especialistas apontam que o caso pode levar a mudanças significativas nos protocolos de monitoramento e gestão de estoques do clube.
Declarações Oficiais e Próximos Passos
A Polícia Civil confirmou que a perícia inicial foi concluída, mas os resultados ainda não foram divulgados. “Estamos analisando as câmeras e os dados coletados para identificar os responsáveis e o propósito da instalação”, informou o delegado responsável pelo caso, em entrevista.
O Corinthians, por sua vez, prometeu colaborar plenamente com as autoridades. “O clube está comprometido em esclarecer os fatos e garantir que os responsáveis sejam punidos”, afirmou a nota oficial.
A Nike, patrocinadora do clube, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas fontes próximas à empresa indicam que a marca acompanha a situação com atenção, devido ao possível envolvimento de seus produtos em desvios.
O Que Vem Por Aí?
A investigação em curso deve trazer mais clareza sobre as motivações por trás das câmeras clandestinas. Enquanto isso, o Corinthians enfrenta o desafio de restaurar a confiança de sua torcida e reforçar a segurança de suas instalações. O caso também reacende debates sobre transparência e governança no futebol brasileiro, especialmente em clubes de grande porte como o Timão.
