Manifestação por moradia na comunidade Areião causa caos no trânsito e suspende circulação de trens nesta segunda-feira (26)
Protesto paralisa trens e Marginal Pinheiros: Moradores da comunidade Areião, localizada na zona oeste da capital paulista, realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (26) que bloqueou completamente a pista expressa da Marginal Pinheiros, na altura do Cebolão, sentido Interlagos. A manifestação teve início por volta das 5h30 e impactou fortemente a mobilidade urbana, afetando também as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da ViaMobilidade.
Os manifestantes queimaram pneus e objetos sobre a via, formando barricadas que interditaram totalmente o tráfego. A ação foi organizada como forma de protesto contra ameaças de reintegração de posse e por melhores condições de moradia. As faixas da via ficaram completamente bloqueadas por horas, gerando um congestionamento que se estendeu até a Marginal Tietê.
Trens paralisados e passageiros prejudicados
Além do caos no trânsito, os manifestantes também incendiaram partes dos trilhos da linha 9-Esmeralda, o que levou à paralisação total do trecho entre as estações Presidente Altino e Ceasa. Já na linha 8-Diamante, a circulação ficou restrita entre Júlio Prestes e Imperatriz Leopoldina, além do trecho entre Presidente Altino e Itapevi.
A ViaMobilidade emitiu nota informando que técnicos foram acionados para avaliar os danos nos trilhos e que equipes de segurança foram deslocadas para conter riscos e garantir o retorno seguro das operações. A concessionária afirmou ainda que “os atos de vandalismo colocam em risco a vida de passageiros e funcionários e serão devidamente apurados”.
Reivindicação por moradia e críticas nas redes sociais
Segundo os organizadores, a manifestação tem como principal pauta a luta por moradia digna. Cartazes com frases como “Queremos moradia” e “Não à reintegração” foram deixados nas pistas. A comunidade Areião, que ocupa um terreno próximo ao local da manifestação, teme ser despejada e afirma que não há plano habitacional adequado para os moradores da área.
Nas redes sociais, internautas se dividiram entre apoio à causa e críticas ao método de protesto. Alguns usuários do X (antigo Twitter) expressaram solidariedade aos moradores, enquanto outros criticaram o bloqueio de vias e o impacto no transporte público como forma de manifestação. “Todo mundo tem direito à moradia, mas fechar trilho e queimar pneu atrapalha trabalhadores que não têm culpa”, escreveu uma usuária.
Autoridades atuam para liberar vias e investigar responsáveis
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) desviou o fluxo de veículos para rotas alternativas pelas pontes do Piqueri e do Remédio. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter os focos de incêndio, enquanto a Polícia Militar acompanhou a manifestação para garantir a segurança de motoristas e passageiros.
O governo do estado de São Paulo ainda não emitiu comunicado oficial sobre negociações com os manifestantes. A Defensoria Pública informou que está acompanhando o caso e tentará intermediar uma solução pacífica para evitar novos confrontos.
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