Moradores se revoltam com alterações nos itinerários aos fins de semana e bloqueiam vias na Zona Norte
Mudanças no transporte geram revolta
Desde o sábado (10), ao menos 11 linhas de ônibus passaram a operar com alterações significativas aos fins de semana. Entre elas, a linha 320 — principal alvo do protesto — passou a ter seu trajeto encerrado no Terminal de Integração 7 (T7), obrigando os passageiros a fazerem baldeação para seguir até o Centro da cidade ou outros destinos.
Moradores da região alegam que não foram consultados sobre a mudança e que a nova operação prejudica trabalhadores que dependem do transporte direto, principalmente aos domingos, quando há menos frequência de ônibus.
Ônibus incendiado e vias bloqueadas
Durante a manifestação, moradores bloquearam trechos da avenida Torquato Tapajós com a queima de pneus e outros objetos, gerando transtornos no trânsito. Em seguida, um grupo interceptou um ônibus da linha 320 na avenida Peixe Cavalo. Após ordenar que o motorista abandonasse o veículo, os manifestantes atearam fogo, destruindo o coletivo.
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para conter as chamas, enquanto a Polícia Militar, incluindo a Rocam, o Batalhão de Choque e o COE (Centro de Operações Especiais), atuou para dispersar os manifestantes e garantir a segurança na região. Não houve registro de feridos.
Declarações oficiais e justificativas
Em nota, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) afirmou que as mudanças fazem parte de um plano para “otimizar a rede de transporte” e permitir maior integração entre terminais. O órgão também informou que está monitorando a situação e que manterá diálogo com as comunidades afetadas para minimizar impactos.
Entretanto, lideranças comunitárias reclamam da falta de comunicação prévia e exigem a retomada dos antigos itinerários, destacando que as alterações dificultam o acesso ao trabalho e a outros serviços essenciais nos fins de semana.
Reações nas redes sociais e próximos passos
O episódio repercutiu fortemente nas redes sociais, com vídeos do ônibus em chamas circulando amplamente. Moradores de outras áreas de Manaus demonstraram solidariedade ao protesto e relataram experiências semelhantes com a nova logística de transporte.
A Prefeitura ainda não anunciou nenhuma mudança nas medidas adotadas, mas a pressão popular pode levar a revisões nos próximos dias.
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