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quarta-feira, abril 30, 2025

Exército do Brasil vai pagar R$ 179 mil à Starlink de Elon Musk por internet em treinamento com os EUA

Contrato prevê uso de rede via satélite durante operação conjunta; decisão levanta debate sobre segurança cibernética

Exército pagará R$ 179 mil à Starlink por internet: O Exército Brasileiro autorizou o pagamento de R$ 179 mil à Starlink, empresa de internet via satélite de propriedade de Elon Musk, para fornecer conectividade durante um treinamento conjunto com tropas dos Estados Unidos. A informação foi revelada pelo Metrópoles nesta semana e confirmada por fontes militares.

O contrato prevê a utilização do sistema Starlink em áreas remotas onde não há cobertura adequada de redes terrestres. A operação ocorrerá em território nacional e envolve a participação de forças norte-americanas em atividades de cooperação estratégica e logística.

A contratação tem como objetivo garantir comunicação ininterrupta entre as unidades militares em campo, sobretudo em regiões isoladas da Amazônia e do Centro-Oeste, onde ocorrem parte dos treinamentos.

Ausência de avaliação técnica sobre segurança levanta alertas

Apesar da justificativa operacional, a contratação da Starlink levantou questionamentos sobre a segurança da informação militar. Segundo apuração do portal Business & Human Rights Resource Centre, o Exército contratou a empresa sem realizar estudos técnicos prévios sobre a cibersegurança da rede utilizada.

Críticos apontam que, por se tratar de uma empresa estrangeira com controle descentralizado da operação de dados, falhas de segurança ou interceptações podem representar riscos estratégicos ao país. No entanto, o Exército não se manifestou oficialmente sobre essas preocupações até o momento.

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Além disso, a contratação expõe a dependência crescente de serviços privados e internacionais em operações militares, algo que especialistas em defesa alertam como tendência global — mas que exige critérios rígidos de segurança nacional.

O que diz a Starlink e como o tema repercute nas redes

A Starlink, pertencente à SpaceX, já opera no Brasil em áreas indígenas, comunidades ribeirinhas e zonas rurais. Com mais de 5.000 satélites em órbita, a empresa é reconhecida pela alta velocidade e baixa latência, mesmo em áreas isoladas. O serviço, porém, é frequentemente tema de debates por sua atuação em zonas de conflito, como na Ucrânia, onde Elon Musk foi acusado de interferência geopolítica.

Nas redes sociais, o anúncio gerou reações divididas. Internautas elogiaram a eficiência do serviço, enquanto outros alertaram sobre “entregar dados militares ao bilionário americano”. O tema também dominou fóruns de defesa, onde analistas discutem se o Brasil deveria desenvolver alternativas nacionais de comunicação estratégica por satélite.

Veja Também: Elon Musk entra no Pentágono e acende alerta sobre segredos militares dos EUA com uma suposta guerra contra a China

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