Erosão em pilar acende alerta; governo nega perigo, mas anuncia obras de emergência
MP investiga risco na Ponte Rio Negro em Manaus: O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) instaurou um inquérito civil para investigar um possível risco de desabamento da Ponte Rio Negro, uma das principais ligações entre Manaus e o interior do estado. A investigação foi aberta após a constatação de processos erosivos em um dos pilares de sustentação da estrutura.
De acordo com a CNN Brasil e o portal Vocativo, o inquérito está sendo conduzido pela 63ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa da Ordem Urbanística (Prourb). O objetivo é garantir que a ponte, inaugurada em 2011, esteja em condições seguras para motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres.
O promotor Paulo Stélio Sabbá Guimarães ressaltou que a apuração é preventiva e visa proteger a vida da população:
“Queremos assegurar que não haja riscos aos usuários e que medidas corretivas sejam tomadas imediatamente, caso necessário.”
Governo nega risco, mas confirma necessidade de obras
Em resposta à investigação, o Governo do Amazonas informou que, até o momento, não há qualquer risco estrutural para a ponte. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) afirmou que o problema de erosão identificado é pontual e que a área afetada passará por recomposição imediata.
O governo foi notificado pelo MP-AM a apresentar um cronograma detalhado das obras e registros fotográficos da execução. Segundo o Portal do Holanda, o objetivo é garantir a transparência e acompanhar de perto a evolução dos trabalhos.
A Ponte Rio Negro é considerada uma das mais importantes obras de infraestrutura da região Norte, com 3,6 km de extensão e investimento de aproximadamente R$ 1,099 bilhão à época de sua construção.
Repercussão nas redes sociais e preocupações populares
A notícia do inquérito gerou ampla repercussão nas redes sociais, com moradores da capital expressando preocupações quanto à segurança da ponte. Alguns internautas lembraram o trágico colapso da ponte sobre o rio Curuçá, no interior do Amazonas, em 2022, que resultou em mortes e feridos.
Especialistas consultados pelo Vocativo alertam que, embora o governo garanta a estabilidade da estrutura, é fundamental realizar avaliações técnicas periódicas rigorosas em obras dessa magnitude para prevenir desastres.
O Ministério Público seguirá monitorando o andamento das obras e poderá adotar novas medidas judiciais caso considere que os reparos são insuficientes para garantir a segurança da população.
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