Investigação aponta envolvimento de familiares e aposta em cartão amarelo no jogo contra o Santos
PF indicia Bruno Henrique por manipulação: O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal sob a suspeita de participação em um esquema de manipulação de resultado envolvendo apostas esportivas. Segundo a investigação, o jogador teria recebido um cartão amarelo de forma proposital durante a partida contra o Santos, válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023.
Entenda o caso: aposta milionária em advertência
A suspeita recai sobre o cartão amarelo que Bruno Henrique recebeu na derrota do Flamengo por 2 a 1 para o Santos, no Maracanã. De acordo com o relatório da PF, o jogador combinou com seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, a intenção de ser advertido durante o jogo.
O esquema envolvia apostas em sites que permitiam prever se um jogador específico seria punido. Ainda segundo a investigação, familiares do atacante — incluindo o irmão, a cunhada e uma prima — fizeram apostas nesse resultado, faturando valores consideráveis. Também foram indiciados seis amigos próximos da família.
Ao todo, dez pessoas foram indiciadas pela PF: Bruno Henrique, três familiares e seis conhecidos ligados ao irmão do jogador.
Declaração do Flamengo e próximos passos do processo
Em nota oficial divulgada na noite de segunda-feira (15), o Flamengo informou que não foi notificado formalmente pelas autoridades competentes e reiterou seu compromisso com a ética no esporte. O clube também defendeu a presunção de inocência do atleta e afirmou que acompanhará o desenrolar do caso com atenção.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se oferece denúncia formal à Justiça. Se condenado, Bruno Henrique pode responder por crimes como fraude em competição esportiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Manipulação no futebol: problema recorrente
Casos de manipulação de resultados têm ganhado destaque no futebol brasileiro nos últimos anos, especialmente com o crescimento das apostas esportivas. Em 2023, operações da PF e do Ministério Público já investigaram partidas em várias divisões nacionais, com atletas e dirigentes sendo alvos de mandados.
A atuação firme das autoridades busca coibir práticas que colocam em risco a credibilidade das competições. O caso envolvendo Bruno Henrique reacende o alerta sobre a vulnerabilidade de jogadores de alto nível frente à tentação dos lucros fáceis proporcionados por esquemas ilegais de apostas.
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