Condenado à morte por assassinato duplo escolheu método por temer sofrimento com injeção letal e cadeira elétrica
EUA retomam execução por fuzilamento: Após 15 anos sem utilizar o método, os Estados Unidos retomaram a execução por fuzilamento nesta sexta-feira (7), com a morte do condenado Brad Sigmon. A execução ocorreu na Carolina do Sul e representou um marco histórico, já que o método não era utilizado desde 2010, quando Ronnie Lee Gardner foi executado em Utah.
Brad Sigmon havia sido condenado à pena capital por cometer um duplo assassinato em 2001. Sua execução trouxe novamente à tona o debate sobre os métodos utilizados pelos estados americanos para cumprir sentenças de morte.
Por que Brad Sigmon escolheu o fuzilamento?
Sigmon escolheu o fuzilamento por considerá-lo mais rápido e menos suscetível a falhas do que a injeção letal ou a cadeira elétrica. Recentemente, esses métodos têm gerado dúvidas sobre a eficácia e possíveis sofrimentos prolongados durante a execução.
De acordo com autoridades locais, a execução por pelotão de fuzilamento ocorreu de forma rápida, e o condenado faleceu imediatamente após os disparos. Esse método consiste em atiradores treinados que disparam simultaneamente contra pontos vitais do condenado.
Por que o fuzilamento ficou fora de uso por 15 anos?
O método do fuzilamento deixou de ser adotado por longo período devido à predominância da injeção letal, considerada um método mais humano e moderno. Além disso, o fuzilamento é visto com desconfiança e forte reprovação por parte da opinião pública, por ser considerado antiquado e violento.
Entretanto, a dificuldade crescente em obter os medicamentos utilizados na injeção letal—resultado de restrições impostas pelas fabricantes farmacêuticas—levou alguns estados norte-americanos a retomarem métodos alternativos, como o fuzilamento.
Tipos de crimes passíveis de pena de morte nos EUA
Nos Estados Unidos, a pena de morte é reservada para os crimes considerados extremamente graves, como homicídio qualificado com circunstâncias agravantes, terrorismo com vítimas fatais, sequestro seguido de morte e casos de traição ou espionagem com impacto significativo na segurança nacional.
Brad Sigmon foi condenado devido à gravidade do duplo assassinato, enquadrado como homicídio qualificado. Atualmente, são 27 estados que mantêm ativa a pena capital no país, permitindo métodos variados como injeção letal, eletrocussão, câmara de gás e, em casos mais raros, o fuzilamento.
Repercussão internacional e cenário futuro
Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos criticaram fortemente a retomada da execução por fuzilamento, classificando-a como cruel e retrógrada. Autoridades da Carolina do Sul, por outro lado, defendem que o procedimento seguiu rigorosamente a legislação local, respeitando o direito de escolha do condenado.
Analistas apontam que o episódio pode incentivar outros condenados a escolherem métodos alternativos devido à escassez dos medicamentos necessários à injeção letal.
O caso de Brad Sigmon abre espaço para uma discussão mais ampla sobre a aplicação e ética da pena de morte nos Estados Unidos, especialmente em relação aos métodos adotados pelos estados.
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