Medida visa conter inflação e ampliar oferta de produtos no mercado interno
Governo zera tarifas de importação de alimentos: O governo federal anunciou nesta quinta-feira, 6 de março de 2025, a redução a zero das tarifas de importação de diversos alimentos, incluindo carne, café, açúcar, milho, azeite de oliva, óleo de girassol, sardinha, biscoitos e massas alimentícias. A iniciativa busca aumentar a oferta desses produtos no mercado interno e conter a inflação dos alimentos registrada nos últimos meses.
Entenda as medidas
Atualmente, as alíquotas de importação desses produtos variam entre 7,2% e 32%. Com a nova medida, todas essas tarifas serão zeradas. A decisão foi anunciada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que destacou o compromisso do governo em “abrir mão de impostos para favorecer a redução de preços [de alimentos]”.
Impacto esperado no mercado interno
Com a redução das tarifas, espera-se um aumento na competitividade e uma consequente diminuição nos preços dos alimentos para o consumidor final. Alckmin ressaltou que a medida não deve prejudicar os produtores brasileiros, mas sim complementar a oferta de alimentos no país. “Estamos em um período de preços mais altos e preços mais baixos. Reduzir o imposto de importação ajuda a reduzir preço. Não vamos substituir [a produção local pelos alimentos estrangeiros]. Vamos complementar [a oferta de alimentos]”, afirmou.
Próximos passos e outras iniciativas
As medidas ainda precisam ser aprovadas pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) e devem entrar em vigor nos próximos dias. Além da redução das tarifas de importação, o governo planeja outras ações, como o fortalecimento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a priorização de financiamentos do Plano Safra para produtos que integram a cesta básica. Alckmin também mencionou que o governo federal solicitará aos estados que avaliem a possibilidade de zerar o ICMS sobre itens da cesta básica, já que, em alguns estados, esse imposto ainda é cobrado.
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