Ex-presidente desdenha de acusações e reforça discurso contra opositores
Bolsonaro critica obsessão da esquerda em silenciá-lo: Em meio a recentes acusações de tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro adotou um tom desafiador ao comentar sobre a possibilidade de prisão. Durante o 1º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal (PL), realizado em Brasília, Bolsonaro declarou: “Vão prender o Bolsonaro? Caguei para a prisão.” A fala ocorreu em 20 de fevereiro de 2025, poucos dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra ele e outros 33 indivíduos por suposta conspiração para subverter a ordem democrática após sua derrota nas eleições de 2022.
Recuo e admissão de exagero
No dia seguinte, 21 de fevereiro, Bolsonaro moderou seu discurso, reconhecendo que havia exagerado em sua declaração anterior. No mesmo evento do PL, ele afirmou: “Ontem eu exagerei aqui um pouquinho, falando que estou assim para uma possível prisão.” Essa mudança de tom sugere uma tentativa de amenizar o impacto de suas palavras, possivelmente em resposta às repercussões negativas e às críticas recebidas.
Críticas à esquerda e alegações de perseguição
Além das declarações sobre a possibilidade de prisão, Bolsonaro voltou suas críticas à esquerda brasileira, acusando-a de tentar silenciá-lo. Ele afirmou que, desde seus tempos como deputado, enfrenta uma “obsessão” da esquerda em calar sua voz, destacando que já foi alvo de mais de 20 processos de cassação movidos por opositores. Essas afirmações reforçam sua narrativa de perseguição política, frequentemente utilizada para mobilizar sua base de apoio.
Repercussão nas redes sociais e especulações
As declarações de Bolsonaro rapidamente se espalharam pelas redes sociais, gerando debates acalorados entre apoiadores e críticos. Alguns usuários interpretaram suas palavras como uma demonstração de coragem e resistência, enquanto outros as viram como desrespeitosas e indicativas de uma postura autoritária. Especulações sobre possíveis desdobramentos legais também ganharam força, com discussões sobre as consequências das acusações e o futuro político do ex-presidente.