Ex-primeira-dama teria pedido que algo fosse feito para impedir a saída da família
Michelle entrou em pânico ao ver mudança do Alvorada: O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, revelou em sua delação premiada que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entrou em pânico ao ver a mudança da família sendo retirada do Palácio da Alvorada em dezembro de 2022. Segundo Cid, Michelle teria ficado desesperada e pedido que algo fosse feito para impedir a situação.
A declaração do militar faz parte das investigações da Polícia Federal sobre um suposto plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder.
O que aconteceu no Palácio da Alvorada?
De acordo com Cid, Michelle Bolsonaro ficou em choque ao perceber que a saída da família era iminente. A mudança estava sendo retirada do Palácio da Alvorada, indicando o fim do governo Bolsonaro.
Segundo o militar, a ex-primeira-dama teria pressionado aliados e manifestado desespero diante do cenário. A fala de Michelle teria sido no sentido de que “era preciso fazer alguma coisa”, embora não haja detalhes sobre quais ações poderiam ter sido sugeridas.
Quem mais está envolvido?
Além de Michelle e Jair Bolsonaro, o inquérito aponta que outros 33 nomes estão sob investigação, incluindo ex-ministros e militares de alta patente. Entre os citados, estão:
- Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022)
- Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Valdemar Costa Neto (presidente do PL, partido de Bolsonaro)
A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que havia um plano para desacreditar o resultado das eleições de 2022 e orquestrar um golpe de Estado. Parte dessas ações teria envolvido a tentativa de aprovar um decreto de Estado de Defesa, que invalidaria o pleito e manteria Bolsonaro no poder.
Investigação avança sobre tentativa de golpe
A Polícia Federal investiga se as reações de Michelle Bolsonaro e de outros aliados se conectam diretamente ao plano de golpe denunciado pela PGR.
O caso ganhou ainda mais repercussão após relatos de que militares aliados ao governo Bolsonaro teriam discutido a possibilidade de prender ministros do STF e até mesmo eliminar adversários políticos, incluindo o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.
Jair Bolsonaro nega as acusações e se diz alvo de perseguição política. Michelle Bolsonaro ainda não se pronunciou oficialmente sobre as revelações feitas por Mauro Cid.
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