Moeda digital promovida pelo presidente argentino colapsa, e criador do projeto é acusado de manipulação
Escândalo da $Libra atinge Milei e expõe Hayden Davis: O presidente argentino Javier Milei enfrenta uma grave crise política após o colapso da criptomoeda $Libra, promovida por ele próprio nas redes sociais. A moeda digital, que inicialmente atraiu milhares de investidores, desvalorizou-se abruptamente, causando prejuízos milionários.
O empresário Hayden Mark Davis, cofundador da $Libra e CEO da Kelsier Ventures, tornou-se o principal alvo das investigações sobre a manipulação do ativo. Mensagens vazadas revelam que Davis teria se gabado de “controlar o presidente Milei” por meio de supostos pagamentos à irmã do chefe de Estado, Karina Milei.
A polêmica colocou o governo argentino sob pressão, e membros da oposição já falam em um possível processo de impeachment.
Como começou o escândalo da $Libra?
O lançamento da $Libra ocorreu em meio às promessas de Milei de transformar a economia argentina. A criptomoeda foi amplamente promovida em suas redes sociais, o que gerou um boom de valorização inicial, com investidores acreditando que o ativo faria parte da estratégia econômica do governo.
Entretanto, poucos dias depois do lançamento, o preço da $Libra despencou drasticamente, levando milhares de investidores a perdas financeiras severas. O episódio levantou suspeitas de um possível esquema de “pump and dump”, uma prática na qual o valor de um ativo é artificialmente inflacionado antes de um colapso programado.
O empresário Hayden Davis, um dos criadores do projeto, culpou a retirada do apoio de Milei pelo fracasso da moeda. No entanto, documentos e mensagens vazadas indicam que ele pode ter manipulado a operação.
Hayden Davis: o pivô do escândalo
Hayden Davis se tornou o principal nome envolvido no colapso da $Libra. Ele teria se reunido com Milei antes do lançamento da moeda e, em mensagens privadas, afirmou que controlava o presidente através de sua irmã, Karina Milei.
Um vazamento de mensagens atribuído a Davis revelou a seguinte declaração:
“Eu controlo ele. Envio dinheiro para a irmã dele, e ele assina o que eu digo e faz o que eu quero.”
Davis nega as acusações e diz que as mensagens foram tiradas de contexto. Ele afirmou que a $Libra foi sabotada pela mudança repentina de postura do governo argentino.
A oposição exige uma investigação mais profunda sobre as alegações e quer saber se Karina Milei recebeu pagamentos para influenciar decisões presidenciais.
Milei pode ser responsabilizado pelo colapso da $Libra?
A rápida queda da criptomoeda e os prejuízos causados reacenderam o debate sobre a responsabilidade do presidente argentino no caso. Apesar de não haver provas diretas de envolvimento de Milei na operação da $Libra, sua promoção da moeda gerou expectativas de credibilidade para o ativo.
O impacto do escândalo foi imediato:
- Partidos da oposição pediram a abertura de uma investigação formal sobre o caso;
- Propostas de impeachment começaram a circular no Congresso argentino;
- Investidores prejudicados entraram com ações contra Davis e empresas associadas à $Libra.
Especialistas afirmam que o impeachment de Milei é improvável, pois exige maioria no Congresso. No entanto, o escândalo pode enfraquecer sua governabilidade e prejudicar futuras propostas econômicas.
O que acontece agora?
O caso segue em investigação, e o governo argentino tenta minimizar o impacto da crise. Milei ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações contra Davis, mas aliados do presidente negam qualquer envolvimento da Casa Rosada no colapso da $Libra.
Enquanto isso, Hayden Davis enfrenta ações judiciais e a possibilidade de processos criminais relacionados à manipulação do mercado financeiro. O mercado de criptomoedas acompanha o desdobramento do caso, que já é considerado um dos maiores escândalos financeiros da América Latina em 2025.
Os investidores e o público aguardam os próximos passos da investigação, enquanto o governo tenta se distanciar das acusações e preservar sua agenda política.
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