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domingo, fevereiro 23, 2025

Estados Unidos e Rússia Negociam Fim da Guerra na Ucrânia, mas sem a Presença do Governo Ucraniano

Negociações diretas entre EUA e Rússia surpreendem Ucrânia

EUA Rússia guerra Ucrânia: Os Estados Unidos e a Rússia iniciaram conversas para um possível acordo que leve ao fim da guerra na Ucrânia, mas sem a presença do governo ucraniano. A decisão gerou reações imediatas do presidente Volodymyr Zelensky, que criticou a exclusão de Kiev das tratativas.

Segundo informações divulgadas pelo Financial Times e pela CNN Internacional, diplomatas americanos e russos se reuniram recentemente em Riad, na Arábia Saudita, para discutir uma possível saída diplomática para o conflito. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, lideram as negociações, que ainda estão em fase preliminar.

A ausência da Ucrânia no processo levanta questionamentos sobre os termos que podem ser impostos e se haverá concessões territoriais à Rússia em troca de um cessar-fogo.

O que está por trás das negociações?

Os principais fatores que levaram os EUA a negociar diretamente com Moscou incluem:

  • Cansaço ocidental com a guerra: A guerra já dura mais de dois anos e tem causado impacto econômico significativo nos EUA e na Europa, aumentando a pressão política para uma resolução rápida.
  • Dificuldades financeiras e militares da Ucrânia: O país enfrenta desafios na linha de frente, enquanto a ajuda militar americana sofre resistência no Congresso.
  • Interesses russos em consolidar territórios ocupados: O Kremlin deseja um acordo que reconheça o controle sobre regiões conquistadas desde a invasão em 2022.

Especialistas apontam que Washington teme um conflito prolongado que possa desestabilizar ainda mais a economia global e levar a uma escalada militar imprevisível.

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Zelensky critica e Europa reage com preocupação

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu duramente à notícia e declarou que não aceitará um acordo “pelas costas” da Ucrânia. “Nenhum tratado de paz pode ser firmado sem a participação da Ucrânia”, afirmou em pronunciamento oficial.

Líderes da União Europeia também demonstraram preocupação. O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, cobraram que qualquer negociação inclua Kiev para garantir que os interesses ucranianos sejam preservados.

Fontes próximas ao governo ucraniano afirmam que Zelensky busca apoio da União Europeia e da Otan para reforçar sua posição nas negociações.

Impactos e próximos passos

Embora as negociações entre EUA e Rússia estejam no início, há possibilidade de um esboço de acordo nos próximos meses. As principais incógnitas são:

  • A posição da Ucrânia: Kiev aceitará um acordo imposto por Washington e Moscou?
  • Concessões territoriais: Haverá reconhecimento da ocupação russa em Donetsk, Luhansk, Zaporíjia e Kherson?
  • Reação da Otan e da UE: A exclusão da Ucrânia pode enfraquecer a aliança ocidental?

Enquanto isso, diplomatas europeus alertam que um acordo feito sem a Ucrânia pode não ser sustentável e levar a novas instabilidades na região.

Veja também: Ucrânia Choca o Mundo e Rejeita Acordo Bilionário com os EUA que Previa a Exploração Conjunta de Minerais de Terras Raras

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