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domingo, fevereiro 23, 2025

Casal de Pomerode sofre ataques após vídeo de bebê viralizar nas redes sociais

Influenciadores receberam enxurrada de ofensas após compartilhar vídeo sobre traços físicos do filho

Casal atacado por vídeo de bebê: A influenciadora Jenifer Milbratz e seu marido, moradores de Pomerode, Santa Catarina, se tornaram alvo de duras críticas e discursos de ódio nas redes sociais após compartilharem um vídeo intitulado “Como fazer um bebê alemão”. A publicação, que destacava as características físicas do filho – pele clara, olhos azuis e cabelo loiro –, tinha a intenção de ser um conteúdo leve e fofo, enaltecendo a cultura da cidade, fortemente influenciada por imigrantes alemães. No entanto, a reação nas redes sociais tomou um rumo inesperado, gerando uma polêmica nacional.

Onda de críticas e ataques virtuais

Após a publicação, o casal foi bombardeado por acusações de racismo e até de simpatia com ideais nazistas. Muitos internautas consideraram que a exaltação das características do bebê reforçava um discurso de supremacia racial, enquanto outros viram a postagem como algo inofensivo, apenas um reflexo da cultura local.

Os comentários nas redes sociais rapidamente se dividiram entre aqueles que repudiavam a publicação e aqueles que defendiam o direito do casal de expressar orgulho por suas origens. No entanto, a situação se agravou quando começaram a surgir ofensas pessoais, ataques diretos e até ameaças.

“Vocês são um absurdo, essa obsessão por raça branca é assustadora.”

“Se fossem pais negros celebrando a beleza do filho, ninguém falaria nada.”

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“Isso não tem nada a ver com nazismo, parem de querer enxergar racismo em tudo.”

Os ataques foram além do debate legítimo sobre o conteúdo e passaram a atingir diretamente a influenciadora e sua família. Jenifer, em resposta, se manifestou afirmando que jamais teve qualquer intenção de promover discriminação racial e que a expressão “bebê alemão” é comumente usada na região de Pomerode para descrever pessoas brancas e loiras, sem qualquer conotação negativa.

“Agenda woke” e a seletividade nas polêmicas

A reação exacerbada contra o vídeo levantou questionamentos sobre o crescimento do que muitos chamam de “cultura do cancelamento” e da influência de pautas progressistas, conhecidas como “agenda woke”, no Brasil. Para alguns críticos, há uma clara diferença de tratamento quando situações semelhantes ocorrem com grupos diferentes.

Casos em que pais negros exaltam a cor da pele ou os traços dos filhos dificilmente geram o mesmo tipo de indignação e ataques virtuais. Isso levanta o debate sobre até que ponto certas pautas são aplicadas de maneira seletiva, enquanto expressões culturais europeias ou brancas são frequentemente demonizadas sob alegações de racismo.

Especialistas apontam que há uma linha tênue entre a celebração da cultura e a exaltação de características físicas de maneira excludente. No entanto, para muitos, o que aconteceu com o casal de Pomerode demonstra como as redes sociais podem distorcer debates legítimos e transformar um simples vídeo familiar em um alvo de ataques desproporcionais.

A intolerância travestida de luta por igualdade

O episódio reforça um fenômeno crescente no Brasil: a intolerância travestida de justiça social. O que deveria ser um debate sobre representatividade e respeito à diversidade se transforma, muitas vezes, em um linchamento virtual, onde qualquer manifestação cultural fora do padrão progressista é vista como ofensiva.

A liberdade de expressão, um dos pilares da democracia, se vê constantemente ameaçada quando determinados grupos se apropriam do discurso antirracista para atacar, ofender e até ameaçar aqueles que não seguem sua cartilha ideológica.

O casal de Pomerode, que inicialmente apenas queria compartilhar um momento de carinho e orgulho familiar, acabou se tornando símbolo de um debate maior sobre os limites da cultura do cancelamento e da radicalização de discursos nas redes sociais.

Considerações Finais 

A polêmica envolvendo Jenifer Milbratz e seu vídeo do “bebê alemão” mostra como debates sobre identidade e cultura estão cada vez mais polarizados no Brasil. Enquanto alguns enxergam racismo em qualquer exaltação de traços europeus, outros questionam a seletividade na forma como diferentes grupos são tratados.

O que deveria ser uma celebração da diversidade cultural do país acaba se tornando uma guerra virtual, onde a intolerância muitas vezes se disfarça de luta por igualdade. No fim das contas, o que realmente fica de lição é a necessidade de um debate mais equilibrado e respeitoso, sem extremismos de nenhum dos lados.

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