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sábado, fevereiro 22, 2025

Dólar recua e fecha a R$ 5,78 apesar de novas ameaças tarifárias de Trump

Contexto das ameaças tarifárias

Dólar cai a R$ 5,78 após ameaças de Trump: No domingo, 9 de fevereiro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a intenção de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, medida que poderia afetar significativamente países exportadores desses materiais, incluindo o Brasil. Trump afirmou que a decisão visa equilibrar as relações comerciais, aplicando tarifas recíprocas aos países que impõem taxas sobre produtos norte-americanos. Ele declarou: “De forma muito simples, se eles nos cobrarem, nós os cobraremos”.

Reação do mercado cambial

Apesar das ameaças tarifárias, o dólar apresentou comportamento distinto no mercado cambial brasileiro nesta segunda-feira, 10 de fevereiro. A moeda norte-americana iniciou o dia em alta, atingindo R$ 5,8236 (+0,53%) às 9h04. No entanto, ao longo do pregão, o dólar reverteu a tendência e fechou em leve baixa de 0,12%, cotado a R$ 5,7859. Em 2025, a moeda acumula uma queda de 6,36%. Analistas atribuem essa movimentação à atuação de exportadores brasileiros, que aproveitaram a cotação acima de R$ 5,80 para vender dólares, aumentando a oferta da moeda no mercado. Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, comentou: “Tivemos uma venda forte (de dólares) por parte de exportadores. Com a moeda acima de R$ 5,80 eles entraram vendendo, tanto no pronto (mercado à vista) quanto no futuro”.

Desempenho do Ibovespa

Paralelamente, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o dia em alta de 0,76%, aos 125.572 pontos. O índice foi impulsionado pelo bom desempenho de ações ligadas a commodities metálicas, como Gerdau, que registrou alta de 5,21%, e Vale, com valorização de 1,04%. Essas empresas se beneficiaram da valorização do minério de ferro no mercado internacional, que subiu 0,79% na bolsa chinesa de Dalian, mesmo diante das ameaças tarifárias de Trump.

Reações e expectativas

O anúncio de Trump gerou apreensão entre os principais parceiros comerciais dos EUA, incluindo o Brasil, que é um dos maiores exportadores de aço para o mercado norte-americano. O ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, afirmou que o governo aguardará a oficialização das medidas antes de se manifestar: “O governo tomou a decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos”.

Investidores demonstram cautela, aguardando desdobramentos concretos das ameaças tarifárias. Mohit Kumar, da Jefferies International, observou: “Nossa visão sobre as tarifas continua sendo a de que elas causarão volatilidade, são uma ferramenta de negociação e, no fim, não serão tão ruins quanto era temido. No entanto, vemos espaço para mais volatilidade nas próximas semanas, com a Europa provavelmente sendo o próximo alvo”.

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Perspectivas futuras

A imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio pode ter impactos significativos nas economias dos países exportadores e no próprio mercado norte-americano, elevando os custos de produção e, possivelmente, a inflação nos EUA. O mercado continuará monitorando atentamente as ações do governo norte-americano e as respostas dos países afetados, buscando avaliar os efeitos dessas medidas nas relações comerciais globais e nos mercados financeiros.

Veja Também: Dólar Cai para R$ 5,75 em 2025: Fatores que Influenciam o Mercado

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