Operação conjunta combate exploração ilegal e situação análoga à escravidão
Garimpo ilegal desativado: Mais de cinquenta trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados durante a operação Mineração Obscura 2, realizada pela Polícia Federal em Maués, Amazonas. Além disso, minas subterrâneas de garimpo ilegal foram desativadas. A ação aconteceu entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro.
Intervenção e ações conjuntas
A operação envolveu a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A mobilização ocorreu após denúncias sobre trabalho degradante e uso de cianeto na extração de ouro.
Durante a operação, foram inutilizadas quatro minas subterrâneas, 30 acampamentos e oito motores usados na exploração ilegal.
Condições precárias e riscos
Os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a direitos básicos e sob constante exposição a substâncias químicas tóxicas. A extração era realizada pelo sistema de “garimpo de poço”, que exige que os garimpeiros desçam em túneis profundos para retirar o minério.
De acordo com a Polícia Federal, os danos ambientais causados pela operação ultrapassam R$ 1 bilhão, devido ao desmatamento, contaminação de lençóis freáticos e degradação de áreas de preservação.
Em abril de 2024, uma operação semelhante encontrou mais de 70 trabalhadores em condições similares na mesma região.
Modalidade de garimpo e impacto ambiental
O “garimpo de poço” consiste na escavação de túneis subterrâneos para extração de ouro. Embora cause menos desmatamento e erosão, ainda apresenta riscos ambientais significativos, principalmente pelo uso de mercúrio, que pode contaminar o solo e a água.
Outras modalidades incluem:
- Aluvião: com máquinas que retiram sedimentos das margens dos rios.
- Dragagem: uso de dragas para sugar sedimentos do fundo dos rios.
- Poço: escavação manual ou artesanal para acessar o minério.
A operação reforça a importância da fiscalização contínua para combater a exploração ilegal de recursos e garantir condições dignas aos trabalhadores.
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