Aumento das Taxas Sobre Importações Norte-Americanas
China tarifas EUA comércio: A China anunciou novas tarifas sobre produtos dos Estados Unidos nesta terça-feira (4), em resposta direta às taxações aplicadas pelo presidente norte-americano Donald Trump. A medida faz parte da intensificação da guerra comercial entre as duas maiores economias globais, conforme informado pela agência de notícias Reuters.
Com a decisão de Trump, tarifas adicionais de 10% sobre todas as importações chinesas já estão em vigor. Segundo o presidente, a China não estaria fazendo o suficiente para conter o envio de drogas ilícitas aos Estados Unidos.
Novas Medidas Econômicas da China
O Ministério das Finanças da China informou que as novas tarifas começam a valer a partir de 10 de fevereiro. Elas incluem:
- 15% sobre carvão e gás natural liquefeito (GNL) dos EUA
- 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e veículos
Além disso, Pequim anunciou a abertura de uma investigação antitruste contra a Alphabet Inc, controladora do Google, e a inclusão de empresas americanas como PVH Corp e Illumina na “lista de entidades não confiáveis”.
Reações do Governo Norte-Americano
Na segunda-feira (3), Trump recuou na imposição de tarifas de 25% ao México e ao Canadá, mas não demonstrou a mesma postura com a China. Um porta-voz da Casa Branca confirmou que não haveria conversas entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping no início da semana.
“Espero que a China pare de nos enviar fentanil, caso contrário, as tarifas subirão substancialmente”, disse Trump em comunicado.
Impactos e Possíveis Negociações
A China, por sua vez, rebateu afirmando que o problema com fentanil está nos Estados Unidos e que irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), além de manter aberta a possibilidade de negociações.
O economista Gary Ng, do Natixis, analisou a situação:
“Mesmo que os países cheguem a um consenso em alguns pontos, tarifas podem continuar sendo uma ferramenta recorrente, o que deve gerar instabilidade no mercado ao longo do ano.”
A expectativa é de que a guerra comercial permaneça nos holofotes, com novas tarifas sendo uma possibilidade concreta diante das tensões persistentes entre os países.
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