Governador destaca atuação da Corregedoria da Polícia Militar em caso envolvendo delator do PCC
PMs presos por morte de Gritzbach: O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta quinta-feira (16) a operação da Corregedoria da Polícia Militar, que resultou na prisão de 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, ex-integrante e delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).
“A polícia vinha investigando o que ocorreu, chegou à autoria dos disparos. A PM está punindo a PM”, afirmou Tarcísio.
Gritzbach foi morto a tiros no dia 8 de novembro, na saída do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ele havia colaborado com as autoridades, fornecendo informações sobre operações de lavagem de dinheiro realizadas pela facção criminosa.
Operação contra PMs suspeitos
A ação desta quinta-feira foi deflagrada após uma investigação conduzida pela própria Corregedoria da PM. O objetivo foi apurar a possível ligação de policiais militares com o crime organizado e a execução de Gritzbach.
Além disso, o caso vinha sendo acompanhado pela Polícia Federal, que já havia prendido cinco policiais civis e um oficial da PM suspeitos de participação no esquema. O oficial, inclusive, havia atuado anteriormente na Casa Militar do governo paulista, chegando a acompanhar o governador em viagens internacionais.
“Quem errou será punido, expulso e levado ao Judiciário. Nada fica encoberto ou é empurrado para debaixo do tapete,” destacou Tarcísio ao comentar a operação.
Segurança pública e desafios do governo
A segurança pública tem sido uma prioridade na gestão Tarcísio de Freitas. O governador enfrenta críticas e busca responder a denúncias de abusos cometidos por agentes de segurança, incluindo casos de violência policial registrados recentemente.
Para reforçar a imagem de profissionalismo da Polícia Militar, o governo tem adotado medidas como a ampliação de bases comunitárias e a divulgação de índices de queda de crimes em áreas centrais.
Tarcísio também admitiu ter reconsiderado sua postura em relação ao uso de câmeras corporais, programa iniciado na gestão do ex-governador João Doria. Embora anteriormente crítico à medida, o governador agora reconhece os benefícios para a transparência nas ações policiais.
Posicionamento político
Aliado de forças conservadoras, como a bancada da bala na Assembleia Legislativa de São Paulo, Tarcísio vem equilibrando a defesa das instituições policiais com a necessidade de desvincular “maus policiais” das corporações.
“Temos uma polícia que está trabalhando muito e que não vai compactuar com o malfeito, com o desvio,” reiterou o governador.
Tarcísio também negou recentemente qualquer intenção de disputar a presidência no próximo ano, afirmando que está focado em sua gestão em São Paulo e em possíveis projetos de reeleição.
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