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quinta-feira, janeiro 16, 2025

PCC planejou e policiais militares executaram assassinato de delator no Aeroporto de Guarulhos

Operação investiga envolvimento de PMs e membros do PCC no assassinato de Vinícius Gritzbach

PCC e PMs executaram assassinato de delator: Nesta quinta-feira (16/1), uma força-tarefa integrada por órgãos de segurança de São Paulo realizou uma operação para prender policiais militares e outros suspeitos envolvidos no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi executado com 29 tiros de fuzil no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na presença de sua namorada e dezenas de testemunhas.

Detalhes da operação

A operação, coordenada pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, cumpriu 15 mandados de prisão preventiva e 7 mandados de busca e apreensão na capital e na Grande São Paulo. Entre os presos estão policiais militares que teriam auxiliado o PCC, incluindo o tenente Giovanni de Oliveira Garcia, que, segundo a investigação, foi responsável por organizar a escolta privada de Gritzbach durante sua última viagem.

A força-tarefa também revelou que, além da escolta irregular, policiais da ativa e da reserva vazaram informações estratégicas para a facção criminosa, permitindo que seus líderes evitassem prisões e prejuízos financeiros.

“A Polícia Militar reitera seu compromisso com a ética e a legalidade, combatendo com rigor qualquer desvio de conduta que comprometa a confiança da sociedade”, afirmou a corporação em nota oficial.

O assassinato de Vinícius Gritzbach

Vinícius Gritzbach, de 38 anos, tornou-se alvo do PCC após colaborar com as autoridades e detalhar operações de lavagem de dinheiro realizadas pela facção. Ele também revelou práticas de extorsão envolvendo policiais civis.

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Antes de sua morte, Gritzbach havia sido sequestrado e levado a um tribunal do crime, onde foi forçado a entregar informações sobre bens e investimentos em criptomoedas que pertenciam ao PCC. Após sua libertação, ele continuou sob ameaça de morte.

No dia do crime, ele retornava de uma viagem ao Nordeste com seguranças particulares, incluindo um policial militar. Durante o desembarque no aeroporto, foi executado com tiros de fuzil em uma ação coordenada.

Envolvimento de policiais com o PCC

De acordo com a força-tarefa, a investigação apontou que alguns policiais militares atuavam em colaboração com a facção criminosa, violando os princípios da Lei Federal nº 12.850/13, que tipifica organizações criminosas.

As investigações começaram em março de 2024, após uma denúncia anônima sobre vazamento de informações sigilosas para o PCC. O caso evoluiu para um inquérito policial militar, que revelou a extensão da colaboração de policiais com o grupo criminoso.

Impacto e desdobramentos

A operação desta quinta-feira é parte de um esforço mais amplo da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para combater o envolvimento de agentes de segurança com organizações criminosas. Os policiais militares investigados foram afastados de suas funções, e a força-tarefa segue apurando a participação de outros envolvidos.

O caso de Gritzbach expõe as complexas conexões entre facções criminosas e agentes de segurança pública, levantando questões sobre ética, corrupção e o papel das forças de segurança no enfrentamento do crime organizado.

Veja também: Suspeito de Participação na Execução de Delator do PCC é Identificado, mas Continua Foragido

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