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quinta-feira, janeiro 16, 2025

Dino libera parte das emendas de comissão, mas critica irregularidades no processo

Ministro do STF ressalta “nulidade insanável” em ofício do Congresso, mas autoriza pagamentos para evitar insegurança jurídica

Dino libera emendas e critica irregularidades: O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou novas decisões neste domingo (29) sobre o impasse envolvendo as emendas parlamentares. Dino liberou parte das chamadas emendas de comissão que estavam bloqueadas, destacando irregularidades graves na indicação dessas verbas. A medida visa evitar prejuízos a estados e municípios que já aguardavam os recursos.

Críticas e liberação parcial

Flávio Dino apontou “nulidade insanável” no ofício do Congresso Nacional que detalhava as indicações das emendas. Segundo o magistrado, o documento apresentava falsidades e descumpria regras do Legislativo. Apesar disso, Dino optou por liberar os pagamentos das emendas já empenhadas até 23 de dezembro de 2024.

“É evidente a nulidade insanável que marca o ofício encaminhado pelo Legislativo ao Executivo. Contudo, para evitar insegurança jurídica e prejuízo aos entes da Federação, excepcionalmente, fica autorizada a continuidade da execução das emendas já empenhadas”, afirmou Dino na decisão.

A liberação ocorre dias após o ministro determinar a suspensão de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão e solicitar investigações sobre o processo de liberação desses valores.

Indagações ao Senado e Câmara

Em sua decisão, Dino deu prazo de 10 dias úteis para que o Senado explique o rito adotado nas indicações das emendas. Ele destacou que, segundo a Câmara dos Deputados, o procedimento utilizado pelos senadores era o mesmo, mas apenas as emendas da Câmara foram contestadas.

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“O contraditório deve ser garantido. Assim, fixo o prazo para que o Senado se manifeste sobre as alegações da Câmara”, escreveu o ministro.

Dino também criticou a defesa apresentada pela Câmara, classificando o processo como uma “balbúrdia” orçamentária. Ele apontou incoerências e contradições na resposta enviada pela Casa Legislativa.

Recursos destinados à saúde

Na mesma decisão, Dino autorizou o pagamento e a reserva de emendas parlamentares destinadas à área da saúde. Até 31 de dezembro de 2024, as emendas impositivas para o setor poderão ser reservadas, enquanto os recursos já depositados nos Fundos de Saúde podem ser movimentados até 10 de janeiro de 2025.

Impacto nas emendas parlamentares

Atualmente, o sistema orçamentário registra R$ 11 bilhões empenhados em emendas de comissão. Deste montante, ainda restam R$ 4,4 bilhões a serem empenhados, divididos entre Câmara e Senado. Os R$ 4,2 bilhões bloqueados estão entre os valores em disputa, mas até o momento, não houve confirmação oficial sobre sua liberação.

Respostas pendentes

A assessoria do Senado e a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) ainda não informaram se os valores bloqueados estão contemplados na decisão de Dino. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que avaliará a decisão antes de se pronunciar.

Veja Também: Dino Dá 24 Horas para Associação de Prefeitos do Amazonas Explicar Críticas ao Bloqueio de Emendas

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1 COMENTÁRIO

  1. com apenas um dia (30/12) para os ministérios repassarem esses valores para todos os orgãos competentes, nas vésperas de ano novo, sendo dia 31 sem expediente bancário, e com equipe reduzida em recesso. É um brincante mesmo! Fez de propósito para o valor se tornar restos a pagar para não entrar no exercício 2024.

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