Assassinato ocorreu na noite de Natal
Segundo o delegado Gerson Oliveira, responsável pelo caso, o sargento declarou que o jovem o atacou, forçando-o a disparar dois tiros em sua defesa. “Ele afirmou que houve um desentendimento e que a vítima teria insurgido contra ele. O PM teria efetuado dois disparos, alegando legítima defesa. Apesar disso, o sargento admitiu ter ingerido bebida alcoólica antes do ocorrido, embora negue estar embriagado no momento do crime”, explicou o delegado.
Arma usada no crime não foi localizada
O sargento Edersson declarou à polícia que não estava portando a arma da corporação no momento do crime e que não sabe onde está o armamento usado. Além de Kennedy, outras duas pessoas foram baleadas, mas o policial alegou desconhecer o número de disparos realizados.
Os familiares da vítima contestam a versão do suspeito. Eles afirmaram que o sargento, que é ex-marido da irmã da namorada de Kennedy, chegou ao local visivelmente alterado, insultando o jovem. “Ele entrou chamando o Kennedy de vag@bundo. Quando meu irmão perguntou por que estava sendo ofendido, o sargento atirou contra ele”, relatou um familiar.
Jovem estava em Manaus para passar o Natal
Kennedy Cardoso, natural do município de Autazes (a 113 km de Manaus), havia viajado para a capital para celebrar o Natal com a namorada. A festa em família, porém, terminou de forma trágica com sua morte.
A Polícia Civil segue investigando o caso. O delegado Gerson Oliveira afirmou que a linha de investigação levará em consideração o depoimento do suspeito, o testemunho de familiares e as evidências colhidas no local. O caso está sob análise para determinar se houve, de fato, legítima defesa ou excesso por parte do policial.
Polícia Militar e familiares se pronunciam
A Polícia Militar emitiu nota lamentando o ocorrido e reforçando que não tolera atos que violem os princípios da corporação. “A PMAM está colaborando com as investigações e reafirma seu compromisso com a transparência e a justiça no caso”, destacou o comunicado.
Os familiares de Kennedy pedem justiça e contestam a narrativa de legítima defesa apresentada pelo sargento. “Queremos que a verdade venha à tona e que ele pague pelo que fez. Nada vai trazer o Kennedy de volta, mas ele merece justiça”, afirmou um parente da vítima.
Próximos passos da investigação
O sargento Edersson permanece sob custódia e será encaminhado ao sistema prisional enquanto as investigações prosseguem. A Polícia Civil informou que realizará novas diligências para localizar a arma utilizada no crime e obter mais depoimentos de testemunhas.
O caso continua gerando comoção na comunidade local, que espera respostas rápidas e a aplicação da justiça.