Fieam destaca alta nas exportações e resiliência econômica
PIM prevê recorde de R$ 202 bi em 2024: O Polo Industrial de Manaus (PIM) deve alcançar um faturamento histórico de R$ 202,6 bilhões em 2024, segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). Se concretizado, o número representará um crescimento de 15,3% em relação a 2023.
Os dados já registrados apontam um forte desempenho econômico, com faturamento acumulado de R$ 151 bilhões até setembro e R$ 170 bilhões até outubro, reforçando a expectativa de um ano excepcional para a região.
Impactos climáticos e resiliência econômica
Apesar dos desafios enfrentados pela região, como as secas históricas que afetaram a logística do PIM, o setor demonstrou grande resiliência. O presidente da Fieam, Antonio Silva, destacou a superação dos obstáculos e o impacto positivo das medidas econômicas adotadas:
“Em 2024, o Amazonas e a Zona Franca de Manaus registraram bom desempenho econômico, apesar das intempéries climáticas que prejudicaram nosso crescimento. A aprovação da reforma tributária também foi um marco importante.”
A reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados e aguardando sanção presidencial, assegura os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM). A proposta inclui redução na alíquota da Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS) para comerciantes locais e um regime favorecido para a indústria de refino de petróleo da Amazônia Ocidental.
Exportações e mercado de trabalho em alta
Outro destaque do PIM em 2024 foi o crescimento expressivo das exportações, com alta de 29,41% em reais (equivalente a R$ 3,522 bilhões) e 19,93% em dólares. Esses resultados reforçam o impacto positivo da região no comércio exterior brasileiro.
Além disso, o PIM registrou um aumento de 7,77% nas contratações, demonstrando que a atividade industrial continua impulsionando o mercado de trabalho local.
Reforma tributária e impactos no Brasil
Embora a reforma tributária tenha sido celebrada no Amazonas, ela enfrenta críticas de outras regiões. O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) estima perdas anuais entre R$ 1,7 bilhão e R$ 3,5 bilhões para estados e municípios, caso a proposta seja implementada.
Apesar dessas preocupações, a Fieam acredita que a reforma será essencial para manter a competitividade da ZFM e fortalecer a economia local.
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