Detenção de Alcenor Alves Soeiro e Investigações em Curso
Professor preso por pedofilia: Alcenor Alves Soeiro, professor de jiu-jitsu, foi preso no último sábado (23) em Balneário Camboriú, Santa Catarina, durante a Operação Armlock, da Polícia Civil. Soeiro é suspeito de cometer crimes de estupro de vulnerável e exploração sexual contra menores. As investigações apontam que ele utilizava sua posição como treinador para abusar de crianças e adolescentes desde 2014.
De acordo com a Polícia Civil, Soeiro foi detido enquanto acompanhava atletas em uma competição. Os abusos teriam ocorrido em viagens para campeonatos e na residência do professor, onde ele teria dopado as vítimas para consumar os atos. Além disso, o treinador presenteava os atletas com roupas, equipamentos de jiu-jitsu, passagens aéreas, inscrições em torneios e até videogames para ganhar a confiança dos jovens.
Notas de Repúdio
A prisão de Soeiro gerou indignação em diversas federações e associações relacionadas ao esporte. A Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Profissional (FAJJPRO) emitiu uma nota repudiando as denúncias e reafirmando o compromisso com a proteção e o bem-estar dos atletas:
“Não mediremos esforços para colaborar com as autoridades e implementar ações que fortaleçam a segurança e o respeito no jiu-jitsu.”
A Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Esportivo (FAJJE) também se posicionou contra os atos criminosos, reforçando o papel do jiu-jitsu como ferramenta de transformação social. A entidade destacou que continuará trabalhando para assegurar que a prática do esporte seja motivo de orgulho para a comunidade.
A Associação dos Profissionais de Educação Física do Estado do Amazonas (APEFAM) pediu a suspensão imediata de Soeiro pelas federações responsáveis e incentivou a denúncia de qualquer caso de assédio, importunação ou violência:
“Denunciar é essencial para coibir tais atos e proteger a integridade das vítimas.”
Escola do Professor Se Pronuncia
Resposta à Comunidade
A escola de jiu-jitsu onde Soeiro atua como diretor técnico de alto rendimento também se pronunciou, lamentando o ocorrido e reafirmando os valores éticos da instituição. Em nota, declarou:
“Aguardamos o desenrolar da Justiça para que, caso confirmadas as denúncias, o responsável seja punido com o rigor da lei.”
A escola destacou que nunca havia recebido denúncias semelhantes contra seus professores e reforçou seu compromisso com a integridade dos alunos e das famílias.
Processo e Impacto das Investigações
Detalhes do Caso
A prisão temporária foi expedida pela Justiça do Amazonas, com base na possibilidade de fuga e na coação de vítimas. Segundo a Polícia Civil do Amazonas, os abusos aconteciam em viagens e no ambiente pessoal do suspeito.
Até o momento, o número de vítimas ainda não foi confirmado pelas autoridades. A Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) e outras federações nacionais ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.
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