Nova Arma Eleva Tensão no Conflito
Putin ordena míssil Oreshnik: O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta sexta-feira (22) a produção em larga escala do míssil hipersônico Oreshnik, com capacidade nuclear. A arma foi usada pela primeira vez na última quinta-feira em um ataque contra uma fábrica militar na Ucrânia. Putin descreveu o teste como um sucesso e destacou a superioridade militar russa no conflito.
Segundo o líder russo, o Oreshnik é indetectável por sistemas de defesa atuais e atinge velocidades dez vezes superiores à do som, com alcance de aproximadamente cinco mil quilômetros.
Reação ao Uso do Míssil
Resposta a Ataques com Armas Ocidentais
A decisão de lançar o Oreshnik foi uma resposta ao uso de armas norte-americanas e britânicas pela Ucrânia em ataques no território russo, segundo Putin. Em discurso na televisão, ele afirmou:
“O Oreshnik não é uma arma estratégica ou um meio de destruição em massa. Ele é uma arma de alta precisão.”
As imagens do ataque em Dnipro mostram a capacidade do míssil de atingir múltiplos alvos simultaneamente, graças às suas ogivas múltiplas. Apesar de carregar ogivas comuns no ataque, Putin enfatizou que a velocidade hipersônica da arma aumenta seu impacto destrutivo.
Ucrânia e OTAN Condenam Escalada
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, classificou o uso do míssil como uma “escalada clara e severa” na guerra. Ele pediu uma condenação mundial contra a Rússia, enquanto a OTAN acusou Putin de tentar intimidar civis e aliados da Ucrânia.
Autoridades ocidentais confirmaram que foram alertadas previamente sobre o teste do Oreshnik por meio de canais de dissuasão nuclear. Ainda assim, a Ucrânia acusou a Rússia de lançar um ICBM, o que foi descartado por analistas internacionais.
Alterações na Política de Defesa Russa
A autorização dos EUA para o uso de armas americanas em território russo levou Putin a modificar a doutrina nuclear da Rússia, ampliando os cenários que justificam um ataque atômico. Recentemente, a Ucrânia utilizou seis mísseis ATACMS contra Bryansk, mas todos foram interceptados pela defesa russa.
Putin declarou que o Oreshnik representa uma vantagem estratégica:
“Ninguém tem essas armas ainda, mas em um ou dois anos outros países podem desenvolvê-las. Hoje, somos os únicos com essa tecnologia.”
O avanço da Rússia na produção do míssil hipersônico reforça a escalada no conflito e intensifica a corrida armamentista global, aumentando a pressão sobre aliados e rivais no cenário internacional
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