29.3 C
Manaus
sexta-feira, janeiro 17, 2025

Em Relatório Final Polícia Federal Indica Jair Bolsonaro como Líder de Organização Criminosa que Planejava Golpe de Estado

Documento detalha atuação de núcleos em plano para manter ex-presidente no poder

Bolsonaro Líder Organização Criminosa: A Polícia Federal (PF) concluiu um relatório de 884 páginas que aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro como o “líder” de um grupo composto por 37 pessoas, acusado de organizar um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas eleições de 2022. O documento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21).

Bolsonaro e os núcleos de atuação

De acordo com o relatório, Bolsonaro teria influenciado diretamente todos os núcleos da organização criminosa, sendo identificado como a principal figura no planejamento das ações golpistas. Os núcleos mencionados pela PF são:

  • Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral
  • Núcleo de Incitação a Militares para Aderirem ao Golpe
  • Núcleo Jurídico
  • Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas
  • Núcleo de Inteligência Paralela
  • Núcleo de Execução de Medidas Coercitivas

O documento destaca que o ex-presidente teve participação ativa na disseminação de desinformação e nos ataques ao sistema eleitoral brasileiro.

Objetivo da organização criminosa

Conforme descrito pela PF, o propósito central do grupo era garantir a permanência de Bolsonaro no poder, mesmo após o resultado das urnas. Entre as investigações incluídas no inquérito estão os ataques de 8 de janeiro, tentativas de golpe durante a eleição presidencial de 2022 e um plano para assassinar figuras públicas como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

Indiciamentos

Além de Bolsonaro, o relatório também resultou no indiciamento de 36 outras pessoas, incluindo ex-ministros como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil). Também constam na lista o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Publicidade

Resposta de Bolsonaro

Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), o ex-presidente criticou o inquérito e o ministro Alexandre de Moraes, afirmando:

“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei.”

Bolsonaro acrescentou que aguardará análise de seu advogado e destacou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) será o próximo passo no processo:

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta.”

Investigação sob sigilo

O relatório permanece sob sigilo, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso no STF. Novos desdobramentos sobre o caso são aguardados nas próximas semanas.

Veja também: Bolsonaro Reage com Irritação ao Indiciamento em Investigação de Plano Golpista

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Pode Gostar