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quinta-feira, novembro 14, 2024

Força-Tarefa Afasta Oito Policiais Militares Suspeitos de Envolvimento em Execução de Delator do PCC

Suspeita de envolvimento com facção criminosa leva ao afastamento preventivo dos policiais militares investigados

PMs afastados após execução de delator: Uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) anunciou o afastamento preventivo de oito policiais militares suspeitos de envolvimento na execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, ex-integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) que se tornou delator da facção criminosa. Gritzbach foi assassinado com dez tiros na última sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Os policiais, que estavam sob investigação da Corregedoria da Polícia Militar, foram denunciados por prestar serviços de segurança privada ao empresário, uma prática irregular e não autorizada pelo regulamento da corporação. A atuação desses agentes junto a um delator vinculado ao crime organizado gerou repúdio na SSP, levando ao afastamento dos envolvidos.

Detalhes da execução e circunstâncias do crime

Antônio Vinicius Gritzbach, supostamente atuando como empresário, tinha um histórico de envolvimento com o crime organizado, incluindo acusações de lavagem de dinheiro e homicídio duplo. Na sexta-feira, ele foi assassinado por dois homens encapuzados que dispararam 29 tiros em sua direção no aeroporto, conforme registros das câmeras de segurança. Além de Gritzbach, quatro outras pessoas foram atingidas pelos disparos, resultando na morte de um motorista de aplicativo.

As armas utilizadas no crime foram localizadas abandonadas em outro ponto de Guarulhos. O caso segue sendo investigado como homicídio pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com suporte de uma força-tarefa que inclui a Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Técnico-Científica, visando identificar tanto os executores quanto os mandantes.

Força-tarefa e MP investigam hipóteses para a execução

A criação da força-tarefa ocorreu na segunda-feira (11), com o objetivo de esclarecer o envolvimento dos policiais e investigar todas as hipóteses do crime. Uma linha de investigação explora a possibilidade de Gritzbach ter sido morto por agentes de segurança pública, enquanto outra apura uma possível ordem de execução vinda do PCC em retaliação às delações feitas pelo empresário.

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Em depoimentos anteriores, Gritzbach havia revelado informações comprometedoras sobre agentes públicos e sobre atividades de lavagem de dinheiro do PCC. Além disso, o empresário vinha enfrentando conflitos financeiros, uma terceira linha investigativa sugere que uma dívida tenha motivado o crime.

Avanços e próximos passos na investigação

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) acompanha as investigações e busca autorização judicial para utilizar as provas obtidas através das delações de Gritzbach. Além disso, a Polícia Federal também participa das apurações, devido ao local do atentado.

Por fim, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos está investigando a ausência de agentes no aeroporto no momento da execução, em uma tentativa de identificar possíveis falhas na segurança local.

Veja também: Ministério Público Apura Dívida da Segurança Pública do Amazonas Após Retenção de Viaturas em Manaus

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