Autoridades de saúde de Gaza negam presença militante no hospital; Israel divulga imagens e declarações sobre a operação
Israel prende 100 membros do Hamas em Gaza: As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram nesta segunda-feira (28) a prisão de aproximadamente 100 pessoas durante uma operação no Hospital Kamal Adwan, localizado na região de Jabalia, ao norte da Faixa de Gaza. A operação foi realizada na sexta-feira (25) e, de acordo com o comunicado israelense, resultou na apreensão de “armas, fundos terroristas e documentos de inteligência” dentro do hospital e nas áreas adjacentes.
Operação no hospital e prisões
Israel afirmou que, antes de iniciar a busca no hospital, seus soldados garantiram a segurança dos civis no local, permitindo que os pacientes e seus acompanhantes fossem evacuados. Para manter o funcionamento dos sistemas essenciais, a Administração de Coordenação e Ligação de Gaza (CLA) ajudou a ativar geradores de eletricidade, garantindo o fornecimento de energia e oxigênio para os pacientes.
Durante a operação, Israel prendeu membros do grupo Hamas que, segundo os militares, tentavam escapar entre os civis. Um oficial militar também relatou que alguns dos militantes estavam disfarçados de profissionais de saúde, o que teria exigido uma revista mais rigorosa da equipe médica.
Respostas de Gaza e acusações de danos
Por outro lado, tanto o Ministério da Saúde de Gaza quanto o grupo Hamas negaram a presença de militantes no hospital. Segundo eles, a operação militar israelense resultou na detenção de dezenas de profissionais de saúde e causou danos ao hospital, que já sofria com a falta de recursos devido aos bombardeios na região. O Ministério da Saúde local afirmou que 44 dos 70 membros da equipe do hospital foram detidos, incluindo o diretor da unidade, embora alguns tenham sido liberados posteriormente.
O Hamas também divulgou imagens mostrando os danos causados à infraestrutura do hospital, incluindo ambulâncias destruídas e três enfermeiras feridas durante a invasão.
Desafios humanitários
Antes da operação israelense, o hospital Kamal Adwan abrigava cerca de 600 pessoas, incluindo pacientes e seus familiares. O Ministério da Saúde de Gaza expressou preocupação com a segurança dos pacientes, já que muitos foram deixados sem atendimento adequado após a evacuação da equipe médica.
O oficial militar israelense admitiu que a operação causou “danos limitados” ao hospital, justificando que equipamentos de “uso duplo”, como tanques de oxigênio, poderiam ter sido detonados, colocando em risco a segurança de todos no local.
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