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sexta-feira, novembro 15, 2024

Nicolás Maduro chega a Rússia, para Cúpula dos BRICS, mas Venezuela é excluída da lista de novos parceiros a pedido do Brasil.

Venezuela excluída da lista de possíveis novos membros do bloco

Maduro cúpula BRICS Venezuela: O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou nesta terça-feira (22) a Kazan, na Rússia, para participar da Cúpula dos BRICS, evento organizado pelo presidente russo, Vladimir Putin. A reunião conta com a participação de mais de 20 líderes mundiais, representando 45% da população global e 35% da economia mundial.

Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) está em crescimento, e sua participação no PIB global deve chegar a 37% até o final desta década, enquanto o G7, composto por economias ocidentais, verá sua participação cair para 28%.

Exclusão da Venezuela no BRICS

Apesar de Maduro estar presente na reunião, a Venezuela foi excluída da lista de possíveis novos parceiros do bloco, após um pedido formal do Brasil. Entre os países da América Latina, apenas Cuba e Bolívia foram considerados, além de outros países como Belarus, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

Agora, os BRICS vão avaliar quais desses países poderão integrar oficialmente o grupo. Caso a adesão seja confirmada, a Rússia, como país-sede da cúpula, entrará em contato com as nações para finalizar o processo de adesão.

Crise política na Venezuela

A Venezuela continua imersa em uma crise política e econômica, agravada pelas disputas em torno das eleições presidenciais de 28 de julho. Nicolás Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com mais de 50% dos votos, mas a oposição e grande parte da comunidade internacional não reconhecem o resultado.

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De acordo com a oposição venezuelana, que apoia o ex-diplomata Edmundo González, as atas eleitorais que comprovariam a vitória de Maduro nunca foram divulgadas. A oposição, por sua vez, apresentou atas que afirmam ter recebido de seus fiscais partidários, indicando que González teria vencido com 70% dos votos. O chavismo, no entanto, alega que os documentos da oposição são falsificados.

Com isso, o Ministério Público da Venezuela iniciou investigações contra González, alegando usurpação de funções do poder eleitoral. Diante da iminente prisão, o opositor buscou asilo na Espanha em setembro.

Repressão e prisões

Desde o início do processo eleitoral, mais de 2.400 pessoas foram presas, e pelo menos 24 pessoas morreram em decorrência de confrontos, segundo organizações de Direitos Humanos. A repressão política na Venezuela segue intensa, especialmente após as eleições de julho.

Veja também: Lula Cancela Viagem à Rússia Após Acidente Doméstico em Brasília

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